Tanto a Huawei como a Ericsson reconhecem-se como grandes contribuintes de patentes essenciais normalizadas (SEP) para comunicações móveis e concordam que o acordo aumenta o valor da propriedade intelectual de cada uma, resultando na criação de um ambiente de patentes “mais forte”.

Por Irene Iglesias Álvarez
A Huawei e a Ericsson continuam a reforçar os laços depois de alargarem o seu acordo de colaboração. As duas empresas assinaram um acordo global, de longo prazo, de licenciamento cruzado de patentes essenciais relacionadas com as tecnologias móveis 3G, 4G e 5G. De acordo com fontes das empresas, o acordo abrange as vendas respetivas de infraestruturas de rede e dispositivos de consumo das organizações, concedendo a ambas as partes acesso mundial às tecnologias patenteadas e normalizadas da outra.
Tanto a Huawei como a Ericsson reconhecem-se como grandes contribuintes de patentes essenciais normalizadas (SEP) para comunicações móveis e concordam que o acordo aumenta o valor da propriedade intelectual de cada uma, resultando na criação de um ambiente de patentes “mais forte”.
Alan Fan, diretor do departamento de propriedade intelectual da Huawei, afirmou que a empresa está “encantada” por ter chegado ao acordo de licenciamento cruzado de patentes com a Ericsson. Insistiu ainda no “compromisso” de ambas as empresas em forjar um futuro em que a propriedade intelectual seja “adequadamente” respeitada e protegida. Na mesma linha, Christina Petersson, diretora de propriedade intelectual da Ericsson, afirmou que o acordo demonstra a convicção de ambas as partes de que a propriedade intelectual “deve ser respeitada e recompensada” e que as principais inovações tecnológicas “devem ser partilhadas por toda a indústria”.
“Uma abordagem equilibrada da concessão de licenças garante que os interesses dos detentores de patentes e dos implementadores são servidos de forma justa, impulsionando um desenvolvimento industrial saudável e sustentável em benefício dos consumidores e das empresas de todo o mundo”, afirmou. Fan concluiu: “A partilha de inovações tecnológicas de ponta pelos dois fabricantes irá impulsionar o desenvolvimento saudável e sustentável da indústria e proporcionar aos consumidores melhores produtos e serviços“.