O grupo de piratas informáticos NoName057 também atacou outros sites oficiais espanhóis, como o INE, Moncloa, Renfe e Socibus.

Enquanto os espanhóis iam às urnas e aguardavam os resultados de uma das eleições legislativas mais renhidas do que o previsto, um grupo de piratas informáticos russos, que operam sob o nome de NoName057, levou a cabo uma onda de ciberataques que deixou momentaneamente inoperacionais de sites de organismos oficiais como o Ministério do Interior espanhol, o Instituto Nacional de Estatística (INE), a Moncloa, a Renfe e a Socibus.
O Gabinete de Coordenação de Cibersegurança (OCC) e o Comissariado Geral de Informação espanhol, estão a investigar os incidentes registados ontem à tarde. De acordo com o que se sabe, foi um ataque DDoS que fez colapsar os diferentes portais.
De facto, o site da pasta presidida por Fernando Grande Marlaska, Ministro do interior espanhol, esteve em baixo entre as 16:00 e as 19:00, embora o site especial criado para informar em tempo real sobre os resultados eleitorais tenha permanecido operacional.
Os mesmos piratas informáticos confirmaram outros ataques aos da Moncloa, do INE, da Junta Central Eleitoral, da Renfe, da Casa Real, do Tribunal Arbitral de Madrid e da Socibus. A maior parte destes portais permaneceu operacional no dia 23 de junho, com exceção do último, que foi temporariamente bloqueado, sem poder vender bilhetes online.
Os ciberataques foram o resultado do apoio espanhol à Ucrânia e do envio de material de guerra para Kiev. O mesmo grupo afirmou, em comunicado, que a ofensiva de domingo resultou do “apoio ao regime de Zelensky por parte das autoridades russo fóbicas de Espanha, com o dinheiro dos seus contribuintes”.
“É-nos indiferente que a direita ou a esquerda chegue hoje ao poder neste país: ambos os lados aderem a uma posição pró-europeia”, afirmou o NoName057, que há vários dias tem vindo a noticiar vários ciberataques a outras instituições espanholas, como a Presidência do Governo, o Tribunal Constitucional, o Ministério da Justiça, o Metro de Madrid e vários bancos espanhóis, entre outros.