DPO procura-se!

De acordo com a Randstad, o responsável pela proteção de dados (DPO) será um dos perfis profissionais mais procurados nos próximos meses, devido ao caráter obrigatório desta função nas organizações e ao aumento das queixas.

O recrutamento de perfis relacionados com a proteção de dados e, especificamente, o de Data Protection Officer (DPO) está em clara expansão, de acordo com a empresa de recursos humanos Randstad, que espera que esta procura aumente ainda mais nos próximos meses.

A razão para a elevada procura destes perfis é, por um lado, o seu caráter obrigatório. Desde 2018, quando o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) entrou em vigor, todas as empresas públicas, hospitais, bancos e grandes corporações, entre outras organizações, devem ter um DPO.

No entanto, por outro lado, a realidade é que as reclamações em matéria de proteção de dados têm vindo a aumentar nos últimos anos. “O comércio eletrónico e a transição digital não geram apenas oportunidades, mas também riscos que preocupam as empresas”, diz um comunicado da empresa, que recorda que, segundo dados da empresa de software de gestão Sage, 61% das empresas espanholas temem ser sancionadas por incumprimento da regulamentação, multas que podem representar uma grande parte do volume de negócios de uma empresa.

Como explica Jorge González, Diretor da Randstad Technologies, “a partir de 29 de junho, as chamadas comerciais só podem ser feitas com o consentimento expresso do cliente e a Administração deu às empresas um ano para se adaptarem a este novo quadro regulamentar. Trata-se de um novo desafio e de uma prioridade para os DPO e para evitar que as queixas e as potenciais sanções continuem a aumentar. O DPO deve liderar o processo de adaptação dos CRM comerciais em conjunto com os departamentos tecnológicos. Terá também um impacto direto nos modelos de negócio das empresas, onde a digitalização será mais uma vez fundamental.”

O que faz um DPO?

Este perfil é responsável por supervisionar e controlar o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais, de forma independente e confidencial. Caracteriza-se por combinar formação tecnológica com conhecimentos jurídicos aprofundados, bem como por dominar as características do setor em que exerce a sua atividade.

A Randstad estima que a remuneração média para estes perfis é de 50.000 euros por ano.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado