Prakash Panjwani, o CEO da WatchGuard, veio a Lisboa para se encontrar com distribuidores e integradores da fabricante cibersegurança americana. Aproveitou a viagem e chamou os jornalistas para falar das múltiplas diferenças da abordagem da empresa que dirige, e do seu foco nas PME.

Por João Miguel Mesquita
Ao contrário dos programas de parceiros tradicionais, baseados no desempenho, que bloqueiam os seus benefícios atrás de quotas de vendas, o WatchGuardONE é um programa baseado em competências que o recompensa pelo seu envolvimento. O nível de status do seu programa é baseado exclusivamente na quantidade de investimentos baseados em conhecimento que coloca no negócio WatchGuard. O desempenho de vendas por si só nunca determina o seu nível de status.
A melhor oportunidade de sucesso de um parceiro WatchGuardONE baseia-se no seu envolvimento com o programa e na oportunidade de vender em várias linhas de produtos dentro da arquitetura de uma Plataforma de Segurança Unificada. Os parceiros que alcançam o nível Gold com três especializações (ou mais) o mais rápido possível e vendem todo o portfólio da WatchGuard obtêm um enorme crescimento lucrativo ao longo da vida da sua parceria. Este reconhecimento, por sua vez gera descontos de registo de negócios, descontos de back-end, SPIFF e muito mais.
Prakash Panjwani mostrou-se entusiasmado e orgulhoso pelo caminho que a WatchGuard, tem seguido, “desde o meu envolvimento com a WatchGuard em 4 de maio de 2015, testemunhei a transformação da nossa empresa como uma plataforma poderosa que atende às necessidades de segurança de pequenas e médias empresas (PME) através de uma extensa rede de parceiros.
A WatchGuard sempre se empenhou na resolução dos requisitos de segurança das PME através de parcerias estratégicas. Esta abordagem permitiu-nos chegar a um vasto leque de utilizadores finais e responder às suas necessidades específicas de forma eficaz. Inicialmente, o nosso foco era principalmente a segurança de rede, mas reconhecemos uma oportunidade de expandir e explorar novos mercados.” Acrescentou.
A dedicação da WatchGuard em servir as PME através de uma rede de Managed Service Providers (MSP) tem sido evidente, e pode constatar-se através do seu percurso como da sua cultura. Ao longo do tempo, estes MSP evoluíram de meros revendedores para prestadores de serviços proativos. Mas para quem observa, deve ainda somar-se a liderança de Carlos Vieira, Country Manager WatchGuard Spain & Portugal, que tem sido fundamental para que o caminho da empresa, e parceiros tenha o êxito que têm tido.
O caminho dos MSP
Prakash Panjwani constata então que, “as empresas já não queriam gerir os seus produtos de segurança de forma independente. Em vez disso, procuraram parceiros de tecnologia que pudessem supervisionar e gerir esses produtos em seu nome. Esta mudança deu origem ao termo Managed Service Providers (MSP), oferecendo serviços de segurança abrangentes para PME. A WatchGuard adaptou-se a essa tendência, expandindo as suas ofertas de suporte a MSP e permitir que estes procedam a gestão de vários serviços de segurança a partir de uma única plataforma.
Em segundo lugar, reconhecemos a crescente dependência de plataformas de segurança unificadas à medida que as empresas enfrentam ameaças cada vez mais complexas. No passado, as empresas dependiam de equipas internas de TI para gerir vários aspetos de segurança, como firewalls, endpoints e identidade. No entanto, à medida que as ameaças se tornaram mais sofisticadas, tornou-se crucial ter serviços de segurança integrados a trabalhar em conjunto sem problemas. A WatchGuard aproveitou esta oportunidade e transformou-se num fornecedor unificado de plataformas de segurança.” Afirmou Prakash Panjwani
A WatchGuard pelo mundo
O crescimento da empresa traduz significativamente na sua presença. Assim atualmente, 50% das operações estão sediadas na Europa, com aproximadamente 37% nos Estados Unidos. A parte restante vem da América Latina e da região da Ásia-Pacífico. A região de crescimento mais rápido dentro da Europa é o Sul, onde se inclui Itália, França, Portugal, e Espanha. Prakash Panjwani atribui este crescimento à elevada concentração de PME nestas regiões.
O Impacto do IA
Para Prakash Panjwani, à medida que as ferramentas de IA se tornam mais acessíveis, espera-se que as ciberameaças se tornem mais sofisticadas e generalizadas. Os cibercriminosos podem aproveitar os recursos de IA para acelerar as suas atividades e penetrarem em sistemas vulneráveis de forma mais eficiente. “Esta é uma área que requer atenção e inovação contínuas para nos mantermos à frente das ameaças emergentes.”
Segundo o executivo, o ransomware continua a ser uma grande preocupação no panorama da cibersegurança. Embora tenha havido vários incidentes de alto perfil, a motivação geral por trás dos ataques de ransomware permanece a mesma. Os cibercriminosos têm como objetivo extorquir as vítimas, encriptando os seus dados e exigindo pagamento pela sua devolução. As PME são particularmente vulneráveis a este tipo de ataques, uma vez que são frequentemente visadas devido à sua perceção de uma postura de segurança mais fraca.
Outra tendência que preocupa Prakash Panjwani, é o comprometimento de contas de e-mail comerciais, destacada pela Microsoft num relatório recente. Esta questão não é exclusiva de Portugal, mas afeta empresas a nível global. “A WatchGuard reconhece estas tendências em evolução e aborda-as ativamente dentro e fora do mercado português.” Afirma o executivo.