Cibersegurança, Suporte Técnico e Gestão de Bases de Dados completam o top 3 das áreas de contratação tecnológica prioritárias para os empregadores portugueses.

Os esforços de transformação digital e a maior automatização de empresas e modelos de negócio continua a impactar as necessidades de talento, reforçando a cada vez maior urgência das empresas, nomeadamente as tecnológicas, em recrutar perfis específicos e especializados, que permitam a ágil resposta às mudanças e inovações do mercado. No topo destas necessidades de talento tecnológico está a procura por profissionais para a área de Cibersegurança, identificada por 39% dos empregadores nacionais. De seguida, surge a área do Suporte Técnico, opção de 38% das empresas, e a Gestão de Bases de Dados, escolhida por 32% dos inquiridos.
Do top 5 de áreas tecnológicas com previsões de contratação mais acentuadas faz ainda parte a área de Desenvolvimento de Aplicações, apontada por 27% dos empregadores, e, por fim, o ramo da Experiência ao Cliente e Utilizador, prioridade para 25% das empresas inquiridas.
A nível global, a Cibersegurança também surge como a área de recrutamento mais prioritária para 34% dos empregadores, seguida do Suporte Técnico, mencionado por 32%, e pela área da Experiência ao Cliente e Utilizador, em que 31% das empresas globais procuram profissionais. Estes dados são avançados pelo “Experis Tech Talent Outlook” do ManpowerGroup, no qual está ainda patente a discrepância persistente entre as necessidades do mercado e os especialistas em tecnologia disponíveis para preencher as posições em aberto.
Atualmente, 87% das organizações de TI portuguesas relatam dificuldades em recrutar, sendo por essa razão relevante o mapeamento das principais abordagens de resposta a este desafio. Este valor posiciona as dificuldades do setor tecnológico nacional acima do que é observado a nível global, onde as empresas tecnológicas assumem uma escassez de talento de 78%.
De acordo com Pedro Amorim, Managing Director da Experis, “os empregadores continuam com elevadas necessidades de contratação de perfis tecnológicos e a atual conjuntura, impulsionada pelos esforços de inovação e aceleração da transformação digital, está a colocar uma maior pressão sobre a oferta existente, que é escassa em recursos técnicos e especializados. Neste contexto, as empresas necessitam adotar novas abordagens e apostar claramente na construção de talento, mediante estratégias de reskill e upskill, por forma a poderem ampliar as bases de competências capazes de alavancar os seus planos de crescimento futuro.”
Empregadores de metade dos setores colocam os profissionais de Cibersegurança como a principal necessidade de contratação em TI
A segurança dos dados e sistemas é cada vez mais um elemento fundamental para a salvaguarda e desenvolvimento da atividade das empresas, em particular em setores como as Tecnologias da informação, a Saúde e Ciências da Vida, as Finanças e Imobiliário ou a Indústria Pesada e Materiais. Estes 4 setores têm como principal necessidade de recrutamento tecnológico os profissionais de Cibersegurança.
No setor das Tecnologias de Informação em particular, 52% dos empregadores refere a área de Cibersegurança como uma das áreas prioritárias de contratação, seguindo-se a necessidade de competências em AI e Machine Learning, com 34%, e o Suporte Técnico, com 31%.
No setor da Indústria Pesada e Materiais, 41% das empresas assume igualmente ter uma maior necessidade de competências de Cibersegurança, seguindo-se 36% que coloca o foco no recrutamento de talento da área do Suporte Técnico e 29% que referem a área da Gestão de Bases de Dados como a sua prioridade de contratação.
No setor da Saúde e Ciências da Vida, 40% dos empregadores aponta igualmente a necessidade por profissionais de Cibersegurança, seguindo-se 38% que coloca o recrutamento de talento para o Suporte Técnico como prioritária. Também a área de Desenvolvimento de Aplicações é vista como fulcral para 36% dos empregadores do setor.
No ramo de Finanças e Imobiliário, para além da necessidade por talento especializado em Cibersegurança, referida por 39% dos empregadores, são igualmente prioritárias as áreas da Experiência ao Cliente e Utilizador e de Automação de Processos no Local de Trabalho, ambas identificadas por 36% destas empresas.
No setor da Energia e Utilities, as empresas desenvolvem maiores esforços na promoção das suas relações comerciais, sendo o talento para a área de Sistemas de Gestão da Relação com o Cliente identificado como principal prioridade por 38% dos empregadores. As áreas de Suporte Técnico são o principal foco das contratações para 42% das empresas do setor de Bens e Serviços de Consumo e 51% dos empregadores do setor de Transportes, Logística e Automoção. Por fim, as empresas da área de Serviços de Comunicação apontam o ramo da Gestão de Bases de Dados, como área prioritária de contratação, sendo referida por 37% dos inquiridos.
Formação e aposta no upskill dos profissionais são as principais estratégias para responder à escassez de talento em tecnologia e responder aos desafios tecnológicos atuais e futuros
No topo das estratégias das empresas que se assumem como soluções para a atual necessidade de competências tecnológicas, surge a formação e o upskill dos seus profissionais, bem como a aposta no recrutamento de novos colaboradores com as competências em falta, ambas opções escolhidas por 51% dos empregadores nacionais. Seguidamente, surge o maior investimento em automação e o esforço na requalificação de trabalhadores, para que possam ser transferidos para funções de TI, estratégias apontadas por 50% das empresas nacionais.
Por fim, 46% dos empregadores do setor afirma recorrer à contratação de profissionais freelancers e externos como a resposta que lhes permite para enfrentar os desafios e oportunidades tecnológicos e garantir a continuidade dos negócios.
A nível global, o top de estratégias está também alinhado com o nacional, com 50% dos empregadores a referirem a formação e a aposta no upskill dos seus profissionais como opção, seguindo-se de 46% que referem o recrutamento de novos profissionais com as competências em falta. Como terceira solução, surge o maior investimento em automação, referida por 39% das empresas globais.
O “Experis Tech Talent Outlook” entrevistou mais de 38.000 empregadores, dos quais quase 6000 de empresas tecnológicas, em 41 países e territórios.