IA: “A Microsoft acredita profundamente que a sua missão é ajudar todas as organizações, todas as pessoas do mundo, a conseguirem melhorar”

Conversámos com Armanda Mealha, Solution Sales Manager na Microsoft Portugal, para percebermos exatamente que soluções está a empresa a criar, e que problemas está o universo das empresas portuguesas a ultrapassar com aplicações IA.

Por João Miguel Mesquita

A Microsoft pegou na Inteligência Artificial (IA), e está a usar o OpenAI, para a amadurecê-la e criar produtos e soluções que tragam valor às organizações, voltando assim a liderar o setor da tecnologia. Muitas dúvidas se levantam no que respeita aos valores éticos da Microsoft, no tratamento que dá ao IA, colocando em causa a conduta da empresa, como se para a Microsoft tudo valesse para faturar.

A executiva portuguesa mostra de forma direta, com um sorriso que não lhe sai do rosto durante toda a nossa conversa, o entusiasmo que se vive neste momento em toda a empresa. Lembra que a Microsoft já trabalha com IA há largos anos, até em parceria com a OpenAI. “A Microsoft acredita profundamente que a sua missão é ajudar todas as organizações, todas as pessoas do mundo, a conseguirem melhorar.”

A Microsoft acredita genuinamente que a IA pode ajudar a resolver grandes problemas da humanidade, e ajudar na criatividade e na produtividade do nosso dia-a-dia. “Obviamente, na Microsoft, e posso dizê-lo que é intrínseco desde os mais altos níveis a todos nós que estamos envolvidos, que é com muita responsabilidade que tentamos fazer esta introdução de nova tecnologia, especificamente o IA com impacto naquilo que consideramos ser o nosso dia-a-dia, nas nossas soluções, nos nossos produtos e nos nossos clientes, e parceiros.”

Armanda Mealha afirma ainda que a Microsoft, “continua a seguir princípios de justiça, segurança, privacidade e muita transparência sobre o que estamos a fazer com os nossos clientes e produtos, assumindo a responsabilidade de garantir que tudo está de acordo com a ética e os regulamentos de cada país e região onde operamos.”

“Prova disso é que temos feito muitos anúncios, mas nem todos os produtos estão já disponíveis no mercado. Isso ocorre porque estamos a trabalhar com alguns clientes, parceiros e comunidades para testar e aperfeiçoar esses produtos antes de disponibilizá-los amplamente. Queremos ter certeza de conhecer o impacto e os possíveis efeitos antes de lançar de forma aberta. Acreditamos que o caminho certo é ter uma discussão entre as várias comunidades, uma discussão aberta com os stakeholders, explicando o que é a tecnologia, explicando o que ela pode fazer, para que todos possamos trabalhar com ela de forma consciente e responsável. A responsabilidade não é apenas nossa de disponibilizar os produtos, mas também de todos que os utilizam. Este é um ponto que temos enfatizado nas conversas com os nossos clientes e parceiros, e até mesmo com organizações”

O peso das Startups

Até há bem pouco tempo, algumas startups trabalhavam quase com medo de lançar um produto IA, porque ninguém olhava, os gestores não entendiam a necessidade, exceto talvez para a análise preditiva. Era muito difícil obter um produto neutro. Hoje a Microsoft poderá receber centenas de ideias e produtos de startups que irá alavancá-los para produtos reais, este é um acréscimo gigante para o negócio quer da Microsoft, das startups e dos seus clientes

Valorizar o mercado

Para a Microsoft o mais importante é valorizar o mercado em geral, e não apenas criticar, “mas também fazer para que este seja melhor do que a Microsoft”

É um facto que neste momento todos os setores querem ter o seu produto IA, e estão a correr atrás da solução mais interessante, e que aporte valor ao seu negócio, e este movimento vai naturalmente, fazer crescer e valorizar o ecossistema. “Temos visto interesse generalizado em muitas áreas, mas posso dizer que a área jurídica é uma das que temos observado com muito interesse. Por exemplo, há um caso em Portugal que foi lançado em parceria com a OpenAI e que está relacionado com apoio à informação legal ou jurídica, que por vezes é difícil de interpretar, mas também há interesse em acelerar o desenvolvimento, e melhorar a qualidade de serviços em geral. Isto é o que observamos diariamente. Já estamos a ver grandes impactos em alguns dos produtos que lançámos, e ainda estamos à espera que outros produtos cheguem ao mercado até o final deste ano.” Concluí Armanda Mealha




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