“Sem contexto e observabilidade, é muito difícil controlar e extrair valor do elevado volume de dados que é gerado”, afirma José Matias, country manager da empresa para Portugal e Espanha.
Por M.M

O negócio da Dynatrace baseia-se na observabilidade unificada das arquiteturas tecnológicas. Um aspeto que, segundo José Matias, country manager da empresa em Portugal e Espanha, afirma ao Computerworld, está intimamente ligado à segurança. “Esta é uma afirmação muito poderosa”, diz. “Mas nós conseguimos, com a nossa plataforma, juntar os departamentos de TI com os departamentos de proteção e de negócios. Para chegar a este ponto, a solução foi refeita de raiz há quase uma década, quando a introdução maciça da cloud exigiu novos desafios”. Neste sentido, salienta, “passámos de ambientes monolíticos para ambientes mais dinâmicos com contentores e outras aplicações de orquestração em que, sem contexto e observabilidade, é muito difícil controlar e extrair valor do elevado volume de dados que é gerado”.
O executivo reconhece que um dos principais problemas das organizações hoje são os silos, que, reitera, também dificultam a comunicação entre as unidades e a receita digital dos negócios. “Definimo-nos como um enabler, uma fonte única de verdade que permite gerir prioridades com um diagrama dinâmico e em tempo real das arquitecturas tecnológicas”.
Um dos segredos da plataforma, afirma, é a inteligência artificial (IA). “Uma característica interessante é que não compramos uma solução ou desenvolvemos um módulo, mas temos estado a reescrever o código para o integrar. A existência de uma base de dados única é a forma como pensamos que se pode utilizar a IA em seu benefício. Se tivermos a informação isolada ou em silos, isso limitar-nos-á.”
Com estes ingredientes, define, a Dynatrace alcança a desejada observabilidade unificada. “A observabilidade não é mais concebida como o ‘bombeiro’ que vai te ajudar com um determinado problema, mas sim uma visão mais de longo prazo de onde cada empresa quer chegar com essa ferramenta.”
Segurança e mercado
Durante a conversa, Matías insiste na importância desta convergência entre observabilidade e segurança: “Mais uma vez, o contexto é essencial. Com as ferramentas clássicas, é possível detectar milhares de potenciais ameaças, mas como é que se dá prioridade a elas? A Dynatrace analisa as vulnerabilidades em tempo real e associa-as ao nível de exposição das operações da empresa.”
Desta forma, conclui, vê a sua empresa numa posição imbatível no mercado ibérico. “Não acreditamos que estes aspectos sejam afectados nos orçamentos devido à crise económica. Deixaram de ser opcionais e passaram a ser obrigatórios, e todas as empresas têm de ter um plano de observabilidade unificado. Quando falamos com os CIO, vemos que isto está na sua agenda.”