Itália já proibiu temporariamente a sua utilização e França também aderiu às preocupações relativas ao popular instrumento de inteligência artificial generativo.

Itália foi o primeiro país europeu a suspender temporariamente o ChatGPT pela sua falta de transparência na recolha de dados pessoais para formar algoritmos, um exercício que colidiria com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR).
Agora é a vez de Espanha e França a mostrar a sua preocupação com a popular ferramenta de inteligência artificial generativa (IA). Fora do Velho Continente, o governo dos EUA também reconheceu que está à procura de opiniões sobre possíveis medidas de responsabilização para estes sistemas. E a China já publicou um projeto de lei a este respeito.
Em particular, a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) pediu ao Comité Europeu de Proteção de Dados para examinar as preocupações de privacidade que podem ser levantadas pela ferramenta OpenAI investida pela Microsoft. “Compreendemos que as operações de processamento global que possam ter um impacto significativo nos direitos dos indivíduos requerem decisões coordenadas a nível europeu”, disse a agência numa declaração relatada pela Reuters. “Assim, a curto prazo, solicitou que a questão do ChatGPT fosse incluída no próximo plenário do Comité Europeu de Proteção de Dados, para que possam ser implementadas ações harmonizadas no âmbito da implementação do GDPR”.
Esta reunião conta com a participação dos vários observadores nacionais da privacidade de dados, embora não tenha sido divulgado se este será um ponto a ser discutido na reunião.
Nas últimas semanas, um grande grupo de peritos, incluindo Elon Musk e Steve Wozniak, apelou numa carta para que a indústria suspendesse o desenvolvimento destes sistemas durante seis meses, citando riscos potenciais para a sociedade.