Coffee Break: NEC assegura recolha de dados biométricos dos portugueses para o cartão do cidadão

A tecnologia de identificação de impressões digitais da NEC é capacitada por um algoritmo de correspondência exclusivo (ou seja, o método de minúcias e relações) que usa contagens de cristas e a relação entre minúcias.

Por João Miguel Mesquita

Conversámos com João Paulo Fernandes, Diretor-Geral da NEC Portugal, onde avaliámos o impacto da crise financeira gerada pela inflação nos projetos de TIC liderados pela NEC, a dificuldade das autarquias se financiarem para projetos de cidades digitais, e a falta de alguma criatividade dos decisores que leva a não ser possível planear melhor a digitalização das cidades.

Mas nem tudo são dificuldades, a NEC tem conseguido levar a cabo alguns projetos importantes, e colocar ao serviço dos cidadãos a sua capacidade e credibilidade, como por exemplo na execução da recolha e tratamento de dados biométricos do cartão de cidadão, tendo garantido, através concurso publico, a continuidade da empresa neste processo.

Segurança máxima

Este é um processo exigente em toda a sua linha mas com particular destaque aos protocolos de segurança definidos por agências internacionais dedicadas a esta área da segurança que são naturalmente seguidos pela NEC.

A NEC dedicou cerca de meio século no desenvolvimento da tecnologia de identificação de impressão digital mais eficiente e precisa. E hoje, a NEC é um fornecedor global de biometria de impressão digital para aplicações de gestão de identidade, liderando este processo, para além de Portugal, em países como a Índia, ou o Vietname.

A tecnologia de identificação de impressões digitais da NEC é capacitada por um algoritmo de correspondência exclusivo (ou seja, o método de minúcias e relações) que usa contagens de cristas e a relação entre minúcias. Permitindo assim que a empresa consiga fornecer as taxas mais baixas de falsa aceitação e falsa rejeição (FAR e FRR) – com as pesquisas de banco de dados 1:n mais rápidas para identificação.

Além disso, a Identificação Positiva (PID) acrescenta outras vantagens competitivas e inovadoras à tecnologia de identificação de impressões digitais. Emergindo da tecnologia AFIS comprovada da NEC, o PID fornece a identificação de padrão e correspondência de impressão digital mais avançada disponível atualmente

Cidades digitais (caso de estudo)

Em 2019 a NEC permitiu que a gestão de Lisboa fosse amplamente melhorada. Com a implementação da Lisbon Intelligent Management Platform, a NEC permitiu que a Câmara Municipal de Lisboa melhorasse significativamente a mobilidade, a segurança pública e a segurança, a eficiência na gestão das operações da cidade, a coesão social e a qualidade de vida dos cidadãos.

Esta plataforma possui uma nova estrutura conceitual de dados e arquitetura de sistemas que permite integrar a informação nas múltiplas aplicações setoriais do município. Isto significa que a informação pode ser consolidada com acesso multiformato para apresentar os principais indicadores e vetores do município, permitindo uma gestão colaborativa e integrada da atividade operacional da cidade.

Com base no Fiware, uma plataforma de middleware de código aberto, a Lisbon Intelligent Management Platform aproveita o poder da tecnologia IoT e APIs abertas para coletar, armazenar e analisar dados. Uma das principais vantagens é a natureza aberta e agnóstica do Fiware, garantindo que a Câmara Municipal de Lisboa não esteja vinculada a nenhum fornecedor específico de tecnologia.

Na nossa opinião

É com base neste caso de estudo de Lisboa, que afirmamos que é uma oportunidade perdida mais cidades portuguesas não terem a capacidade de encontrar financiamento para, à sua dimensão, poderem apostar na digitalização dos seus processos. As exigências da digitalização das cidades estão diretamente ligadas à competitividade, e Portugal não pode perder atração por falta de planeamento.




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