Após um 2021 de incerteza e crescimento plano, a filial ibérica arranca com um quadro de soluções baseadas na gestão de dados.

Por M. M.
O negócio da Qlik na Península Ibérica encerrará o ano com um aumento de cerca de 50%. Tudo isto, após um 2021 bastante convulsivo, em que o crescimento foi plano, tal como referido por executivos da empresa fundada na Suécia em 1993, mas que pertence ao fundo de investimento americano Thoma Bravo desde 2016. “Talvez a incerteza, após a saída da pandemia e do conflito na Ucrânia, que países como França e Alemanha estão a viver agora”, assegurou Rafael Quintana, diretor-geral da empresa tecnológica na Península Ibérica. O responsável estava otimista quanto ao futuro, apesar da recessão económica global.
A empresa acredita que o seu maior ativo é a sua capacidade de cobrir todo o ciclo de vida dos dados e ter uma plataforma “agnóstica” e multi-fonte que a distingue das aplicações monolíticas dos seus concorrentes, mesmo que estas sejam maiores. “Já não somos uma empresa de análise de dados, somos uma empresa de gestão de dados”. Propomos um modelo de inteligência ativa e analítica aumentada para obter o seu pleno valor”, argumentou José Antonio Miguélez, vice-presidente de pré-venda para a região da EMEA. O executivo destacou o historial da empresa, com grandes fusões como a Big Squid e Blendr.io, que levaram até aos dias de hoje. Estes esforços, disse, sublinham a importância da cloud, que já é uma prioridade para qualquer tipo de empresa, e à qual a Qlik está a recorrer em todas as suas soluções, embora também mantenha a opção on-premise.
Em qualquer caso, e no que diz respeito aos desafios que os dados oferecem às organizações, o objetivo destas, segundo Paco Mateo-Sidrón, vice-presidente sénior na EMEA, é atingir níveis elevados de alfabetização. “Historicamente, a informação sempre foi controlada por departamentos de TI, vivendo num mundo totalmente separado do negócio. Mas precisam de convergir e tomar decisões em tempo real e não baseadas em dados não filtrados e obsoletos.
Novas tendências em torno dos dados
A empresa acredita que, a curto prazo, a inteligência artificial (IA) avançará cada vez mais para a gestão de dados e impulsionará a tomada de decisões. “Isto não irá substituir o talento humano, que é necessário, mas irá complementá-lo”, disse Quintana. Por outro lado, os chamados dados sintéticos e derivados irão experimentar um forte crescimento. Estes são recentemente criados, fictícios, e gerados com base em algoritmos. “A integração da informação é o futuro dos negócios”, concluiu.