Para a maioria das pessoas, na maioria das vezes, um PC Windows convencional oferece todo o desempenho que precisa. Mas para utilizadores avançados (e gamers), o diabo está nos detalhes.
Por Rob Enderle
Estava eu numa reunião em Nova York esta semana com um grande fornecedor de PC, e uma das coisas que os dados de vendas da empresa mostram é que as pessoas que deveriam estar a comprar workstationsss – ou mesmo máquinas de gaming – estão a comprar PC Windows convencionais. (O foco não estava nos jogos, mas na produtividade e no desempenho.)
Visto que venho cobrindo PC e workstationss desde o início dos anos 1990, quero explicar a diferença entre os dois e quando deve considerar um em detrimento do outro.
A grande diferença
A principal diferença entre as workstationss e os PC com Windows é que os PC geralmente são criados para negócios (onde a TI toma a decisão final) e as workstationss são para utilizadores individuais. Originalmente, as workstationsss eram usadas principalmente por engenheiros que precisavam de maior desempenho e tinham menos tolerância até mesmo para pequenos erros. As configurações geralmente exigiam duas coisas: memória de verificação de erros (ECC) e certificações de fornecedores de software que criaram as aplicações projetadas para serem executadas nestas maquinas.
As workstations são projetadas para maximizar a produtividade de um utilizador limitado por essa produtividade – ou seja, alguém para perder tempo por custos mais do que a diferença de preço entre uma workstation e um PC.
As workstations nem sempre precisam de cumprir todos os padrões da empresa, deixando o pessoal de compras e TI (estes últimos normalmente deixados totalmente fora do caminho) numa posição subordinada atrás do utilizador.
Como as workstations evoluíram
As workstations começaram por ser máquinas muito caras, utilizadas principalmente para desenhos e fabrico assistidos por computador. Precisava-se de uns tipos para as mover, por isso, durante muito tempo, não houve uma workstation móvel. Além disso, preferiam CPUs poderosos porque os gráficos discretos não eram realmente uma coisa.
Agora pode obter portáteis leves e finos, embora o melhor desempenho continue a vir das definições do desktop. Geralmente, as workstations móveis custam significativamente mais, são mais pesadas e têm menos duração da bateria do que os PC. Mas em termos de desempenho de aplicação direcionado, são mais precisos e têm um melhor desempenho.
Workstations versus PC para jogos
As empresas de jogos geralmente admitem que 10% a 20% das suas vendas vão para utilizadores de alto desempenho. Isto porque as máquinas de gaming oferecem o mesmo (ou melhor) desempenho que uma determinada workstation por um preço mais baixo. Ainda assim, geralmente não são certificados pelos fornecedores de aplicações, não usam a memória ECC e dependem de soluções GPU para jogos.
Os animadores, editores de vídeo/fotografia e as simulações em execução – o tipo de pessoa que usa máquinas de gaming – não precisam necessariamente destas funcionalidades. E se quiserem jogar, as workstation tendem a abrandar as máquinas de gaming. A parte difícil é conseguir que a TI assine uma; serão geralmente sinalizados como uma despesa excessiva (que pode ser resolvida, mas pode refletir negativamente no departamento).
As máquinas de gaming também tendem a ser menos robustas do que uma workstation e têm dicas visuais chamativas que podem fazer com que outras pessoas o vejam como menos profissional. Eu usei máquinas de gaming no decorrer da minha carreira e recebi alguns comentários depreciativos ao longo do caminho. Francamente, até gostei da atenção e da inveja. O meu favorito era um notebook da marca Ferrari que tinha um som de inicialização V-12; todos sabiam quando eu estava na sala.
Resumindo, uma máquina de gaming pode ser um valor melhor para um determinado desempenho do que uma workstation, mas deve ser evitada para trabalho de alta tolerância ou onde o desempenho absoluto é fundamental.
GPU x CPU
Embora a maioria das workstation tenha GPUs robustos e discretos, algumas workstation portáteis usam gráficos integrados. Isto funciona bem para aplicações como folhas de cálculo que são intensivas em CPU em vez de GPU. Os CPUs são ótimos com números, GPUs discretos são melhores para qualquer coisa baseada em imagem ou para análise, IA e a maioria da engenharia. A maioria dos utilizadores prefere uma workstation com uma boa GPU, mas alguns davam-se bem com um CPU robusto e gráficos integrados. Este último vem com um preço mais baixo e uma bateria potencialmente mais longa.
Escolher entre os dois
A grande maioria dos utilizadores de PC do Windows está bem com computadores virados para o negócio, e muitos podem fazer o seu trabalho com computadores de consumo. No entanto, se a sua produtividade está ligada ao seu PC, é hora de considerar uma workstation. Também é uma boa ideia consultar outros utilizadores de alto desempenho que executam tarefas semelhantes e o fornecedor de software que fornece a aplicação que utiliza para obter a configuração ideal.
Outra consideração: se estiver a usar muito a cloud, outra forma de obter desempenho é executar as suas aplicações na cloud em vez de no dispositivo. Isto pode reduzir a necessidade de uma workstation.
Finalmente, conheço pessoas que queriam uma workstation para jogos, mas que normalmente estavam desapontadas com o resultado. Se é um programador de jogos, isto pode ser diferente. Mas para jogar, não são tão bons como as máquinas de gaming.