Não restam dúvidas que Portugal, aquele país à beira-mar plantado, tem hoje nas pessoas a sua maior riqueza, que é simultaneamente a riqueza que o mundo dos negócios procura para se digitalizar. Talento em TI.

Ao longo das últimas décadas a economia portuguesa foi perdendo força no mundo, sem escala para uma agroindústria forte, sem petróleo nem ouro para extrair, e estando encostado ao cantinho da Europa e com o imenso atlântico do outro lado ali ficou periférico. Mas de repente tudo muda para o país à beira-mar plantado, onde principalmente ingleses, alemães e holandeses se deleitam com banhos de mar e apreciam as mais saborosas iguarias de Norte a Sul de Portugal, tornando o Turismo no seu principal setor económico. Ao longo dos últimos anos Portugal percebeu como poderia ser importante na nova era dos negócios adensando uma forte estratégia ao nível do ensino superior, formando talento nas mais diversas áreas com o instinto digital sempre aguçado. Desde do final da década de 1990 que através de agências governamentais se formata o tecido empresarial a criar áreas tecnológicas e sensibilizando as empresas para as necessidades que tinham a este nível e que as tornariam verdadeiramente competitivas. As universidades começaram a ter mais gente disposta a assumir capacidades técnicas superiores de valor acrescentado. Portugal passou a produzir talento digital, o que em todo o mundo as empresas precisam – gente capaz de fazer frente aos desafios da transição digital.
O talento é sem dúvida a principal razão que fez um conjunto de empresas deslocarem os seus departamentos de desenvolvimento tecnológico para Portugal, como é o caso da Mercedes-Benz, que com o seu departamento de desenvolvimento de software, a Mercedes-Benz.io, que inaugurou o seu segundo escritório de desenvolvimento tecnológico em Portugal. Mais recentemente em Lisboa, dando assim maior dimensão ao escritório já existente na cidade com a população mais jovem do país, Braga, que dispõe de uma das maiores referências das universidades portuguesas a Universidade do Minho.
Para Silvia Bechmann, CEO Mercedes-Benz.io, “Portugal é altamente atrativo devido à disponibilidade e à elevada qualidade de talento no país. Além disso, Portugal também tem grandes escolas de engenharia, espalhadas por todo o país. O espírito empreendedor deste país e o forte investimento na criação de um ambiente onde a transformação digital pode prosperar também é muito claro, colocando Portugal na vanguarda da transformação digital e nós, sem dúvida, temos de aproveitar esta onda e encorajá-la.”
Lisboa, Braga, Estugarda e Berlim, são os locais de desenvolvimento e produção de inovação tecnológica para a Mercedes-Benz, com uma forte estratégia de crescimento. Nas duas cidades portuguesas a empresa já conta com cerca de 300 colaboradores e pretende contratar mais 140 profissionais num futuro próximo.
A Mercedes-Benz.io tem vindo a crescer desde que chegou a Portugal, em 2017, segundo Silvia Bechmann, disse ao Computerworld, a empresa quer continuar a investir em Portugal e a expandir a presença no país, para isso vão manter o ritmo atual de crescimento ao longo dos próximos dois anos. Tendo em conta que, “Nos próximos 5 anos, a digitalização terá uma importância ainda maior e mudará ainda mais o nosso dia-a-dia e a forma como as empresas funcionam. Os clientes de todo o mundo esperam poder interagir com as suas marcas online, em qualquer lugar e a qualquer momento. Por esta razão, a Mercedes-Benz continuará a investir na transformação digital das suas áreas de vendas e pós-venda, onde a Mercedes-Benz.io desempenha um papel crucial.”, disse Silvia Bechmann ao Computerworld.
As equipas da Mercedes-Benz.io, em Portugal e na Alemanha, são responsáveis pelas inovações tecnológicas de marketing, vendas e pós-vendas que impactam os vários milhões de atuais e futuros condutores Mercedes-Benz no mundo, como por exemplo o website global e loja online Mercedes-Benz, o car configurator, dealor locator e a Mercedes Me Service App.
O objetivo estratégico destas equipas, é criar impacto em toda a experiência de compra e na jornada do cliente, desempenhando um papel central no segmento de luxo, tanto offline quanto online
A Mercedes-Benz Portugal tem uma quota de mercado total acima de 7%, sendo a terceira quota mais alta em toda a Europa.