Novo estudo da SAP Concur conclui que empresas apostam nesta modalidade como forma de poupar na fatura de energia.

Um novo estudo da SAP Concur, intitulado “Expense Management in Times of Inflation: How to Improve Employee Experience”, analisou não só o tema da inflação, como os desafios que as empresas enfrentam quando se trata de proporcionar uma boa experiência aos colaboradores, as consequências de uma má decisão, e as ferramentas digitais, que as empresas Europeias, estão a implementar para ajudar a mitigar riscos.
Por toda a Europa estão a aumentar as preocupações quer nos colaboradores (com as suas finanças pessoais), quer entre empresas e os mesmos, na medida em que tanto os líderes como os colaboradores querem tomar decisões de poupança. De acordo com o estudo, 45% dos colaboradores salientam que a entidade patronal está a encorajá-los a trabalhar a partir de casa para pouparem nas contas de eletricidade e aquecimento do escritório. Simultaneamente, 47% afirma que vão passar mais tempo no escritório para reduzir o consumo de energia em sua casa, caso o seu empregador não ajuste a política de despesas para fazer face ao aumento da inflação.
Contudo, algumas empresas têm vindo a apoiar os seus colaboradores e 50% afirmam que a entidade patronal efetuou um pagamento único para fazer face ao aumento de custo de vida.
“Com a crise do custo de vida que enfrentamos é ainda mais importante que as empresas questionem as políticas existentes inerentes ao trabalho híbridos e aos processos de gestão de despesas. Políticas e processos que possam não ter sido os ideais, mas ainda assim amplamente aceites, podem agora tornar-se problemáticas para a experiência do colaborador. As despesas têm tido um papel subvalorizado no envolvimento dos colaboradores, pois estas demonstram o cuidado, das organizações, pelo colaborador e a vontade de cuidar do seu bem-estar. Contudo, os processos de despesas são fonte de preocupação para os colaboradores – quer seja o medo de, acidentalmente, cometer uma fraude ou de não serem reembolsados a tempo”, refere João Carvalho, Head of SAP Concur | Southern Europe and Africa.
Os colaboradores têm sido claros sobre os fatores que os poderão ajudar a aliviar os seus encargos:
- 65% dos inquiridos afirmam que um salário mais alto ou um aumento do mesmo aumentaria a satisfação no trabalho, com 56% a alegar que horários de trabalho flexíveis também seriam benéficos.
- Para 47% um apoio financeiro único ajudaria e, 40% salienta ainda que vouchers de gasolina ou outra opção para despesas de deslocações seriam bem-vindos.
Além disso, o estudo da SAP Concur concluiu que os reembolsos tardios das despesas constituem uma ameaça para as finanças dos colaboradores. De acordo com o inquérito:
- 58% dos colaboradores preocupa-se que os reembolsos em atraso impactem as suas finanças pessoais. Responsáveis nas empresas por estas decisões, RH e Financeiros, concordam: 36% afirma que a situação económica atual pode significar que as despesas dos colaboradores venham a ser pagas com atraso, o que poderá vir a resultar que os mesmos não consigam fazer face aos seus compromissos pessoais.
- 46% dos colaboradores afirmam que os processos de reembolso são tão complexos e/ou demorados que acabam por não apresentar as despesas mais baixas. 58% estão preocupados por estarem a perder, a nível financeiro, por conta de despesas não apresentadas (por exemplo: perda recibos/faturas, não submeter a tempo).
- Embora as políticas de despesas contribuam, durante um aumento de custo de vida, para a satisfação dos colaboradores, são poucas as empresas que estão a ajustar-se para agir em conformidade. 45% dos responsáveis pela tomada de decisão constatam que os colaboradores podem ficar ainda mais insatisfeitos se não ajustarem a sua política de despesas como resposta à inflação.
- Os colaboradores admitem preocupações aquando do pedido para reembolso das suas despesas. 49% receia que os seus diretores pensem mal deles por apresentarem pedidos de reembolsos altos. Já 48% preocupam-se caso cometam, de forma involuntária, algum tipo de fraude ao errarem nos processos ou realizarem compras não autorizadas. 54% salienta a sua preocupação em deixar, caso arquivem mal as suas despesas, os seus supervisores numa situação desconfortável.
João Carvalho salienta ainda que, em todo este processo a “automatização pode ajudar, sem dúvida, a acelerar processos e aliviar muita da ansiedade associada a despesas, contudo muitas empresas dependem ainda, e de forma excessiva, de processos manuais“.