As Telcos fizeram uma proposta que está a ser discutida pela GSMA, argumentando que empresas como a Google, Meta e Netflix, entre outras, utilizam uma grande parte do tráfego de Internet da região.

O debate sobre a partilha de custos da rede está a levar os operadores a pressionar a União Europeia (UE) a desenvolver novas leis que seguem o exemplo da Austrália, onde as grandes empresas tecnológicas contribuem para este custo.
Com base no facto de empresas como a Google, Meta e Netflix, entre outras, utilizarem uma grande parte do tráfego de Internet da região, as empresas de telecomunicações apresentaram uma proposta que está a ser discutida pela GSMA, uma organização de operadores móveis composta por cerca de 750 empresas.
Segundo a Reuters, nas próximas semanas, enviarão uma carta a Thierry Breton, o comissário europeu para o Mercado Interno e Serviços. Esta proposta surge imediatamente antes da chamada contribuição “fair share” dever ser debatida. Estas plataformas potencialmente afetadas rejeitaram desde o início a ideia como um imposto sobre o tráfego na Internet.
Mas as leis australianas recentemente adaptadas tornaram-se no principal trunfo das televisões europeias na sua disputa contra as big tech. Estas regras, inicialmente destinadas a forçar estas empresas a pagar pelo conteúdo de notícias online, permitem que um árbitro nomeado pelo próprio governo australiano estabeleça taxas se não houver consenso entre as empresas de tecnologia e os editores de notícias sobre direitos de autor.
Fontes de agências noticiosas dizem que a estratégia australiana é uma boa abordagem, e está a ser considerada se a proposta será feita diretamente pela GSMA ou por um grupo de executivos de notícias. O comissário disse que examinará as exigências de ambas as partes antes de elaborar legislação.