Vivemos numa conjuntura que tende a agravar-se, e que representa uma ameaça para todos nós e para o tecido empresarial, que começa já a enfrentar necessidades profundas de reestruturação e mudança.

Por Guilherme Dias, SAS
Perante a actual volatilidade do mercado, o aumento dos custos de produção e distribuição, e crescimento geral das despesas, as empresas têm cada vez mais de apostar em estratégias que lhes permitam ser mais eficientes, de forma a conseguirem manter a sua actividade e evitar os efeitos destrutivos desta crise. Refiro-me a alguns cisnes cinzentos, como a guerra na Ucrânia, que levou a uma subida galopante dos preços da energia, bem como a pandemia Covid19, com o impacto nas cadeias globais de produção. Estes eventos, e suas ondas de choque, têm tido impacto significativo nos preços de bens essenciais, nas mudanças climáticas e respectivas consequências, na confiança do mercado, nas alterações das políticas de trabalho, entre outros. E a verdade é que ainda não temos fim à vista…
Vivemos numa conjuntura que tende a agravar-se, e que representa uma ameaça para todos nós e para o tecido empresarial, que começa já a enfrentar necessidades profundas de reestruturação e mudança.
Longe de querer ser um arauto da desgraça, a verdade é que estamos inseridos num ecossistema de riscos (alguns sistémicos, face à economia global), no qual as empresas se têm deparado com dificuldades e constrangimentos vários, que por vezes as levam a questionar a viabilidade da sua actividade e do modelo seguido até então. E aqui refiro-me aos mais variados sectores, desde a Banca, Seguros, Retalho, Turismo, Automóvel, entre outros.
Neste contexto de retracção dos níveis de consumo e abrandamento da economia mundial, o foco passa então a estar à volta da redução de custos, aumento de eficiência e melhoria da gestão. Ora, como hoje em dia é quase impensável uma empresa e os seus resultados não estarem dependentes da qualidade das Tecnologias de Informação usadas, há que saber fazer as escolhas mais adequadas, sob pena de ter gastos acrescidos de forma regular, e por vezes imprevista.
E penso ser aqui que a cloud, e toda a elasticidade que proporciona, poderá fazer a diferença. Antes de mais, é um serviço que permite ser adquirido à medida e pelo tempo que a empresa vai necessitando, o que se traduz em valores de investimento potencialmente mais baixos e mais controlados. A par desta vantagem financeira, oferece serviços diferenciados; não requer espaço nem grandes equipamentos (geralmente caros e que exigem infraestrutura especializada e manutenção constante); facilita em muito o dia-a-dia dos colaboradores, já que estes passam a poder aceder à informação em qualquer lugar, o que por sua vez permite, caso a empresa deseje, reduzir custos com manutenção de espaço de escritório; é mais seguro e mais rápido na disponibilidade do ambiente, evitando o tempo de consulta, aquisição, entrega e instalação.
Numa altura em que, acima de tudo, devemos olhar para o negócio de forma mais económica, a migração para a cloud – desde que feita de forma estruturada – traduz-se numa redução de custos da parte operativa, garantindo escalabilidade, agilidade, segurança e flexibilidade.
Quando acima referi que o foco deverá estar na redução de custos, não quis de forma alguma limitar a migração para a cloud à questão financeira, pois, como acabámos de ver, a cloud pode e deve ser usada de forma estratégica, tirando partido de todo o seu potencial, seja ajudando a modernizar as operações e aplicações, suportando processos de negócio mais inteligentes, concretizando projectos de investigação e desenvolvimento, lançando novas campanhas em pouco tempo, sendo mais sustentáveis, e tudo isto com o intuito final de responder às necessidades do negócio.
É evidente que a cloud veio revolucionar a área das TI, tocando nas questões financeira e de eficiência, pontos absolutamente determinantes para a competitividade e sobrevivência das empresas de hoje, que têm de controlar os seus custos de operação, sem comprometerem a sua actividade, e sem deixarem de acompanhar a constante e acelerada transformação dos mercados.