Apple surpreendeu positivamente no seu quarto trimestre financeiro graças às boas vendas de Mac. O negócio do iPhone ficou ligeiramente aquém das elevadas expectativas.
A Apple aumentou as receitas (PDF com resultados financeiros) no quarto trimestre (que terminou a 30 de Setembro de 2022) em 8,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, para um total de 90,2 mil milhões de dólares. Destes, 42,6 mil milhões provinham da divisão do iPhone, que cresceu 9,7 por cento. Os analistas em Wall Street especularam um valor ligeiramente a cima, 43,2 mil milhões de dólares. Na China, a Apple ganhou 15,5 mil milhões de dólares com iPhones, um aumento de seis por cento em comparação com o ano anterior.
As receitas dos computadores Mac aumentaram inesperadamente: a Apple ganhou aqui 11,5 mil milhões de dólares, um aumento de uns bons 25% e muito mais do que os investidores tinham previsto. O negócio de serviços da Apple como AppStore, Apple TV ou Apple Music cresceu pouco, aumentando em cinco por cento para 18,2 mil milhões de dólares. A empresa teve de lutar aqui com os efeitos da crise económica no negócio da publicidade e do jogo. O iPad também ficou 13 por cento abaixo do resultado do ano anterior, com receitas de 7,2 mil milhões.
Volume de negócios e lucro acima das expectativas
A Apple apresentou um lucro líquido de 20,7 mil milhões de dólares. A empresa nunca ganhou mais num quarto trimestre. A 1,29 dólares por ação, o lucro estava dois cêntimos acima das expectativas de Wall Street. “Correu melhor do que pensávamos no início do trimestre”, disse à imprensa Luca Maestri, CFO da Apple. Especialmente tendo em conta a força do dólar, que era desfavorável para o curso dos negócios, esperavam-se números mais fracos.
Como de costume, a empresa foi cautelosa com as previsões para o atual primeiro trimestre de 2023, que termina a 31 de dezembro. Contudo, um crescimento de oito por cento, como no trimestre que acaba de terminar, provavelmente não será alcançado, disse Luca Maestri.
A Apple tinha introduzido o novo iPhone 14 em setembro – com dois aparelhos premium da série “Pro” e dois modelos mais baratos. Os iPhones de gama alta com processadores mais rápidos e câmaras melhores são provavelmente responsáveis por cerca de 60% das receitas do iPhone 14 até à data. Pelo menos essa é a estimativa do analista do J.P. Morgan Samik Chatterjee numa entrevista ao Wall Street Journal.
O iPhone 14 Pro “uma maquina de fazer dinheiro”
Com as anteriores séries de modelos iPhone 12 e 13, as receitas dos modelos normais e de preço mais elevado ainda se teriam equilibrado mutuamente. Maestri explicou que a forte procura dos dispositivos Pro tinha causado dificuldades. O Apple Watch Ultra também tinha causado problemas de abastecimento para o grupo.
Segundo a Consumer Intelligence Research Partners, no terceiro trimestre de 2022, um iPhone custou em média 954 dólares em todas as variantes de modelos. No quarto trimestre de 2019, ainda estava disponível por 783 dólares.