O futuro é hoje”. Ouvimos esta frase quase diariamente desde o ano 2000, mas, no contexto em que é dita, atrevo-me a dizer que o “futuro foi ontem”. A famosa “Transformação Digital” é agora conceito da década passada, a revolução digital já pertence aos livros de História.
Por Hugo Peres, Project Manager da Anturio

E isso foi claro nos últimos dois anos. As empresas que já estavam online, que já estavam informatizadas, tiveram um choque muito menor quando a pandemia chegou. E algumas até conseguiram tornar a adversidade numa vantagem. Mas a evolução não acabou aqui, e os tempos económicos que se avizinham trazem ainda mais desafios e oportunidades.
O trabalho remoto, quer seja híbrido\parcial ou total é uma realidade, mas não nos podemos esquecer do que significa uma verdadeira solução remota. As empresas que já implementaram modelos e estratégias 100% digitais, com resultados e alarmística em tempo real, estão um passo à frente.
As vantagens são incontáveis. É ter a empresa em qualquer local. É conseguir ter colaboradores no outro lado do mundo a render tanto como no escritório local. É estar visível ao mundo e conseguir entregar o produto ou o serviço consistentemente.
Não se trata de “escolher” uma única tecnologia ou um modelo. Quem quer vingar amanhã tem de respirar inovação em cada departamento.
O 5G está à porta, modelos de IA estão já a recomendar decisões e otimizações, a fronteira do digital esbateu-se e é agora claro que o medo de que as TI substituam o trabalho manual é descabido. Pelo contrário, a empresa de amanhã tem colaboradores mais criativos, mais exigentes, mais perfeccionistas e a usar a tecnologia para alavancar todos os seus pontos fortes, numa verdadeira simbiose.
Por outro lado, a segurança e a qualidade do serviço prestado vão, nos próximos anos, ser ainda mais importantes. A insegurança nas cadeias logísticas, a inflação e os custos de transporte vão dar ainda mais peso aos parceiros de confiança.
Transparência no processo, informação on-time para o cliente e portais de self-service vão ajudar, enquanto, internamente, é vital investir no controlo dos prazos, identificar ou prever antecipadamente desvios, analisar flutuações abruptas nos custos e dar previsões e visões para o futuro.
Estas são as tarefas que estão já a passar para primeiro plano, e, mais uma vez, é aqui que a tecnologia, sobretudo a IA e o machine learning, vão conseguir dar informação aos controladores e decisores das empresas com mais precisão.