Europa acelera implantação do 5G, mas a ritmo mais lento do que outros mercados

Até 2025, a adoção média chegará a 44%, enquanto que a Coreia do Sul chegará aos 73% e o Japão e os Estados Unidos estarão próximos de 68%, segundo a GSMA.

Apesar de as tecnologias e serviços móveis terem contribuído com 757 mil milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB) europeu no ano passado, o continente enfrenta a “ameaça” de uma implantação mais lenta do 5G em comparação com outros blocos geográficos. Desta forma, e de acordo com um estudo da GSMA, até 2025, a adoção média atingirá 44%, sendo que o Reino Unido e a Alemanha terão as taxas de adoção mais elevadas da Europa com 61% e 59% respetivamente. Mas esse rápido crescimento será superado por outras economias mundiais. A Coreia do Sul atingirá 73% no mesmo período, enquanto que o Japão e os Estados Unidos estarão em patamares próximos dos 68%.

Até o final de junho deste ano, 108 operadoras em 34 mercados em toda a Europa já haviam lançado serviços 5G comerciais, com a adoção do consumidor a continuar a crescer de forma constante, atingindo 6% da base de clientes móveis. A Noruega lidera com 16% da população a usar o 5G, mas o impulso positivo também é evidente na Suíça (14%), Finlândia (13%), Reino Unido (11%) e Alemanha (10%).

Às portas de uma nova década digital

Em 2021, a Comissão Europeia (CE) lançou a sua estratégia para a transformação digital do continente em 2030. E esta prometia gerar benefícios para as economias dos países através do desenvolvimento de competências digitais, digitalização de empresas e serviços públicos e infraestruturas sustentáveis.

Mas o eixo para o sucesso, diz a GSMA, é a aceleração do 5G para que a indústria e a manufatura tradicionais permaneçam competitivas. “Para fazer isso, é essencial que os formuladores de políticas criem as condições certas para o investimento privado, modernização da rede e inovação”, diz o estudo.

Daniel Pataki, vice-presidente de Política e Regulação da GSMA na Europa, acredita que “o Velho Continente está a adotar o 5G mais rápido do que nunca, mas é necessário um foco maior na criação das condições de mercado certas para o investimento em infraestrutura para acompanhar a tendência de outros concorrentes globais. Isso deve incluir a implementação do princípio da contribuição para os custos da rede”.


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