Um dia cheio, com cerca de 88 oradores que abordaram os temas do momento desde a cibersegurança, transformação digital, passando por questões como a nova realidade na gestão dos recursos humanos. As salas do Centro de Congressos do Estoril foram pequenas para tanta gente.

Tal como Chico Buarque no seu poema “Tanto Mare”, onde se regozija de satisfação pela revolução dos cravos em Portugal, o Computerworld registou na passada quarta-feira 28, também com regozijo, a festa de 25 anos do Directions da IDC, com a concretização do seu maior evento de sempre, onde foi notório o importante papel da Consultora na revolução digital ao longo das duas ultimas décadas, em Portugal. As salas do Centro de Congressos do Estoril foram pequenas para tanta gente. Resultado do momento em que vivemos, com as empresas a retraírem os seus investimentos e ao mesmo tempo, a precisarem de renovar as sua soluções tecnológicas, para patamares que lhes permitam, pelo menos, não perder competitividade e as deixem manter-se numa economia cada vez mais difícil de fazer previsões. Alguns empresários e gestores de TIC partilharam com o Computerworld, que sentem que este evento é determinante para uma reflexão equilibrada nas suas decisões, que nesta fase são de enorme complexidade e dificuldade.
Um dia cheio, com cerca de 88 oradores que abordaram os temas do momento desde a cibersegurança, transformação digital, passando por questões como a nova realidade na gestão dos recursos humanos.
Segundo a IDC Portugal, este ano, o mercado de Tecnologias de Informação terá mais de 50% do PIB a ser influenciado pelo digital, pela primeira vez na história, a Consultora verificou uma correlação inversa entre as TI e a economia. Ou seja, mesmo com uma das maiores quebras da história no PIB, o mercado de TI continuou a crescer. Em 2020, apesar da quebra de quase 5% do PIB, o mercado de TI cresceu quase 3%, a nível mundial. Em Portugal, onde a quebra do PIB foi maior, quase 10%, o mercado de TI cresceu quase 2%. Em 2021 o mercado disparou e cresceu 17,8%.
São de facto números que demonstram bem o caminho e a necessidade das empresas em se modernizarem, que aliás é uma questão imperativa, quer do ponto de vista da natureza dos negócios, quer do ponto de vista da modernização dos postos de trabalho, da relação com os fornecedores, e com os clientes. A economia digital tomou conta de todos os setores e quem não assimilar isto perderá mercado. Aqui a IDC tem tido uma enorme importância, estando sempre de braço dado com as tendências e com a análise das necessidades tecnológicas dos mais variados setores.
Para Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC Portugal: “existem cinco pilares chave para o sucesso de Portugal nesta economia cada vez mais digital: O tecido empresarial tem que acelerar ainda mais a transformação digital; é necessário acelerar ainda mais a transição digital no setor público; apostar na criação e atração de mais talento; posicionar Portugal como um HUB para vários ecossistemas digitais e reforçar o foco na sustentabilidade”
Embora a incerteza se mantenha presente na cabeça dos gestores e líderes empresariais, a IDC prevê, que grande parte do investimento em tecnologia e no digital seja canalizado para novos use cases de transformação digital. Os investimentos diretos em transformação digital vão acelerar para um crescimento anual médio de 16,5%, no período de 2022 a 2025. Como consequência deste crescimento, em Portugal a transformação digital vai representar 50% de todo o investimento nacional em TIC até o final de 2025.