É a maior aquisição da Adobe na sua história, fechando a compra por 20.000 milhões e 50% das ações da empresa. Estes números provocaram desacordos entre os investidores da empresa de software.
Por Irene Iglesias Álvarez
Os rumores foram confirmados. A Adobe anunciou a aquisição da Figma, a plataforma de design colaborativo mais promissora dos últimos anos. A empresa americana de software está a mostrar a sua força depois de fechar um negócio puramente estratégico no valor de 20 mil milhões de dólares em dinheiro e 50% das ações da Figma. Tal foi o crescimento nos últimos anos que a plataforma de design tem vindo a fazer frente à empresa sediada em San José. A combinação de Adobe e Figma, tal como revelado por fontes empresariais, dará início a “uma nova era de criatividade colaborativa”.
A compra da Adobe, histórica na sua viagem, tem sido uma fonte de contenda entre os investidores da empresa face a uma grande vitória para os investidores de capital de risco da Figma, que incluem nomes familiares como Index Ventures, Greylock Partners e Kleiner Perkins. Os investidores da Adobe acreditam que pagaram em excesso para uma empresa que, há pouco mais de um ano, foi avaliada em 10 mil milhões de dólares numa ronda privada de angariação de fundos. Isto levou a uma queda de 17% nas ações da Adobe no fecho da negociação no dia do anúncio.
Imaginando o futuro
O acordo de cash and stock, a maior compra de uma empresa de software de natureza privada, concederá à Adobe a propriedade de uma empresa cuja plataforma colaborativa de design e brainstorming baseada na web goza de grande popularidade entre as empresas tecnológicas. Agora, em conjunto, Adobe e Figma irão “imaginar o futuro da criatividade e produtividade, acelerar a criatividade na web, fazer avançar a conceção de produtos e inspirar comunidades globais de designers e criadores”. A empresa combinada terá, como foi relatado durante o anúncio de aquisição, “uma oportunidade de mercado maciça e de rápido crescimento e capacidades para gerar valor significativo para os clientes, acionistas e a indústria”.