O subsídio chega numa altura de tensões entre Washington e Pequim sobre Taiwan, o maior produtor mundial de semicondutores.

Por Francisca Dominguez
No meio de tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China sobre a visita da Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, a Casa Branca anunciou que o Presidente Joe Biden assinará na próxima terça-feira uma lei para subsidiar a indústria de semicondutores dos EUA e aumentar a sua competitividade nesta área.
O Chips and Science Act inclui 52 mil milhões de dólares em subsídios governamentais para a investigação e produção de semicondutores nos EUA, bem como outros 24 mil milhões de dólares em créditos fiscais para o fabrico de chips.
A legislação exige 200 mil milhões de dólares em 10 anos para impulsionar a investigação científica e a inovação, com o objetivo de se tornar num concorrente da China no desenvolvimento tecnológico.
Desde a pandemia da COVID-19, a indústria tem enfrentado uma escassez de semicondutores devido a restrições na Ásia, que levaram ao encerramento de muitas fábricas de chips, enquanto que a procura de tecnologias de semicondutores tem vindo a aumentar globalmente.
De acordo com o TrendForce, Taiwan, Coreia do Sul e China representam mais de 80% do mercado de fabrico de chips, e a crise na cadeia de fornecimento de semicondutores durante a pandemia salientou a importância deste sector para o desenvolvimento da tecnologia e, consequentemente, da economia, levando os Estados Unidos e a Europa a fazer anúncios de investimento para impulsionar a indústria nacional de semicondutores e reduzir a dependência da Ásia.