O profissional de IT é quem mais ordena?

Assistimos a uma situação de pleno emprego, em que existem mais ofertas do que profissionais, o que faz com que este grupo tenha a felicidade, de poder escolher onde, com quem e a que preço trabalhar, estando, muitas vezes, em mais do que dois processos de recrutamento em simultâneo.

Por Mariana Correia, Senior Consultant Eurofirms Group Portugal- IT Division

Era uma vez, um conjunto de pessoas conhecido por ter capacidades inigualáveis para entender tudo sobre tecnologia e ‘coisas modernas’ que se passam, e que se criam, dentro de um computador. Esta pequena elite, a quem podemos chamar de profissionais especializados no setor das Tecnologias de Informação, domina o mercado nos tempos que correm.

Assistimos a uma situação de pleno emprego, em que existem mais ofertas do que profissionais, o que faz com que este grupo tenha a felicidade, de poder escolher onde, com quem e a que preço trabalhar, estando, muitas vezes, em mais do que dois processos de recrutamento em simultâneo. Procura-se quem domine a área de software development, business intelligence, data engineers e, mais do que nunca, a área de cybersecurity, uma área que evoluiu de forma estrondosa nos últimos anos devido à pandemia e às mudanças que houve na forma como trabalhamos.

Em Portugal, apesar de sermos um país que transborda talento, temos um território pequeno, e a saturação deste mercado tecnológico é uma realidade. Todos os dias surgem novas empresas neste setor com soluções inovadoras e cheias de boa vontade para mudar o mundo e torná-lo mais vanguardista, no entanto, nem sempre têm uma estrutura organizacional capaz de acompanhar as condições laborais que os profissionais de IT procuram. Este é um dos setores mais bem pagos, a nível mundial, e um dos mais exigentes, tanto a nível de clientes, como de candidatos, e quando falamos de condições laborais, notamos que grande parte das empresas vê-se “obrigada” a acompanhar as exigências desta elite para conseguir a sua atenção e, posteriormente, começarem uma relação. 

As empresas não querem ficar para trás, não querem ficar desatualizadas e procuram, desesperadamente, quem as ajude a evoluir. Para que consigam atrair e reter estes génios, é necessário ter em conta o regime de trabalho, a remuneração, a cultura da empresa e o tech stack que disponibilizam. O problema surge quando empresas que não são totalmente tecnológicas necessitam deste tipo de perfil, mas não estão dispostas a acompanhar, nem têm capacidade, de satisfazer as motivações destes profissionais. 

Curiosamente, após tanta mudança no mundo em que vivemos, há quem esteja saturado do mundo empresarial convencional e esteja disposto arriscar uma carreira numa start-up, por exemplo, em que a flexibilidade, a mentalidade e o espírito de união tende a ser diferente. 

E sim, há quem deixe o valor da remuneração para segundo plano e valorize a experiência de poder contribuir para a evolução de um negócio e de sentir o espírito de pertença que existe entre a equipa. 

Valores mais altos se levantam! 




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