Segundo dados do estudo “Fatura sobre a Eletrónica em Portugal 2020-2021”, da SERES, a emissão de faturas eletrónicas por PMEs aumentou de 26,17% para 31,86%.

Após o alargamento do prazo de implementação de faturação eletrónica para as PME e microempresas até 30 de junho de 2022, pelo Decreto-Lei n.º 104/2021 de 27 de novembro, a transformação digital das empresas desta dimensão em Portugal tem acontecido de forma mais lenta. No entanto, segundo o “Estudo sobre a Fatura Eletrónica em Portugal”, referente aos primeiros semestres de 2020 e 2021, da SERES, pioneira e especialista em serviços de intercâmbio eletrónico seguro de documentos, as PME’s foram o tipo de empresa a demonstrar um maior aumento de emissão de faturas eletrónicas, de 5,69% – de 26,17% em 2020 para 31,86% em 2021. Em contrapartida, a percentagem de receção de faturas eletrónicas desceu de 40,52% para 35,48% (menos 5,04%).
“Olha-se muito para a implementação de serviços de fatura eletrónica como apenas mais um custo e não como algo verdadeiramente vantajoso, que para além de poder ser utilizado para as administrações públicas, também já se começa a estender para as empresas privadas”, começa por explicar Tiago Cancela, Sales Manager & Corporate Liaison da SERES Portugal, acrescentando que “apesar de tudo, as empresas têm vindo a começar os seus projetos de transformação digital, embora de uma forma mais lenta do que inicialmente previsto”.
Sem grande surpresa, às PME’s seguem-se as grandes empresas, onde a faturação eletrónica já se encontra mais implementa, com um aumento de emissão 4,26% e de receção 4,83%. Por fim, e também devido às adaptações necessárias a realizar, as microempresas conseguiram atingir 2,70% de emissão de faturas eletrónicas (+0,21% referente a 2020) e 0,13% de receção (+0,02% referente a 2020).
Este estudo contou com a participação de mais de 34.500 empresas de diversos setores de atividade, dimensão e localização geográfica.
Durante o primeiro semestre de 2021, Portugal emitiu mais 2.824.638 de faturas eletrónicas relativamente ao mesmo período de 2020, no entanto, segundo os últimos dados fornecidos Eurostat, quase 80% das empresas portuguesas estão atrasadas em termos de transformação digital, estando mesmo entre as mais atrasadas de toda a União Europeia.