Já não há desculpa para perder dados em 2022

Mitigar o risco de falhas de sistemas, de ataques informáticos, violações de dados, catástrofes, desastres, ou, simplesmente, de erro humano, é agora uma tarefa prioritária para cada organização.

Por Tiago Vieira, ICW Lisboa Sales Manager e IMS Business Development Manager da Konica Minolta Portugal

Se há 20 anos, durante a minha juventude e no início da massificação da Internet, me tivessem dito que em pouco tempo o mundo produziria 2,5 quintiliões de bytes por dia, teria sido impossível imaginar tais quantidades de informação. Mas eis-nos chegados ao futuro, num mundo totalmente revolucionado pela tecnologia e sem perspetivas de abrandamento.

As previsões mais recentes do site Statista indicam que, já em 2025, serão produzidos 181 zettabytes por ano (cada zettabyte equivale a um trilião de gigabytes). A abundância de informação dos nossos dias continua a escapar à compreensão humana mais imediata e cria um impacto profundo na economia e na operacionalidade das empresas.

Mitigar o risco de falhas de sistemas, de ataques informáticos, violações de dados, catástrofes, desastres, ou, simplesmente, de erro humano, é agora uma tarefa prioritária para cada organização. Independentemente da origem que causa disrupção tanto ao nível da disponibilidade como no comprometimento dos dados, o impacto pode ser paralisante: 60% das empresas que perdem os seus dados encerram no prazo de seis meses. Estima-se que tenham sido roubados cerca de 15 mil milhões de registos de dados, desde 2013, e que apenas 4 % eram encriptados.

Com as grandes empresas e instituições mais cientes do paradigma atual e com maior propensão para investimentos em tecnologia e serviços relacionados com cibersegurança, a vulnerabilidade das Pequenas e Médias Empresas torna-se evidente e cada vez mais precária. Num relatório da CISCO, apenas um terço das PME inquiridas afirmou continuar rentável por mais de três meses se perder acesso permanente a dados essenciais. Mais de metade respondeu que deixaria de ser rentável em menos de um mês.

Um estudo da Keypoint Intelligence, realizado para a Konica Minolta, também revelou que 36 % das empresas ainda executam processos manuais de backup e recuperação de dados. Com todos estes riscos, muitas PME mantêm a crença infundada de que investir em armazenamento e segurança de dados continua a ser algo útil e acessível apenas a grandes corporações, aumentando a sua vulnerabilidade de dia para dia.

Tudo isto tem estimulado o desenvolvimento de soluções de serviços de gestão de Backup as a Service (BaaS), em servidores e cloud, públicos ou privados, que garantem confidencialidade, integridade, proteção contra uso indevido e ataques externos, conformidade com as exigências legais e do RGPD e recuperação rápida de dados, em caso de perda, sem o impacto negativo de uma perda efetiva.

Além de protegerem a informação, estas soluções também oferecem uma vantagem estratégica, permitindo às empresas dar o passo seguinte: analisar a informação e, com o apoio da IA e da Machine Learning, transformá-la em dados sólidos e estruturados, que possam verdadeiramente guiar o futuro de uma empresa em processos de decisão data driven.

Todos somos hoje produtores de dados, em qualquer dispositivo que utilizemos. Se, por um lado, a explosão dos dados complexifica a gestão da informação, os sistemas de informação são cada vez mais essenciais para acrescentar valor ao negócio, deixando menos razões às empresas para evitarem dar o passo para uma verdadeira transição digital.

É mesmo premente para as PME perceberem que o «novo petróleo» dos negócios reside no potencial dos seus próprios dados. Hoje, como há 20 anos, é essencial proteger a informação crítica de uma empresa e, com isso, assegurar a própria continuidade do negócio. A grande diferença é que, paradoxalmente, a tecnologia também tornou essa tarefa mais simples.


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