A AWS anunciou a abertura de um novo Centro de Computação Quântica em Pasadena, Califórnia. As instalações, segundo a empresa, estão focadas na pesquisa e desenvolvimento de um computador quântico tolerante a falhas.

O novo edifício é dedicado aos esforços de computação quântica da empresa e inclui espaço de escritório para alojar equipas de investigação quântica, laboratórios compostos por equipamentos científicos e ferramentas especializadas para a conceção e operação de dispositivos quânticos.
O espaço também acolherá uma equipa de engenheiros de hardware, teóricos quânticos e programadores. No local, a equipa irá testar e operar processadores quânticos num esforço para inovar processos para controlar computadores quânticos e escalar as tecnologias necessárias para suportar dispositivos quânticos maiores, como sistemas de arrefecimento criogénico e cablagem.
“Um objetivo arrojado, como a construção de um computador quântico tolerante a falhas, significa naturalmente que haverá desafios científicos e de engenharia significativos ao longo do caminho. Apoiar a investigação fundamental e comprometer-se com a comunidade científica a trabalhar nestes problemas é essencial para acelerar o progresso”, escreveu Nadia Carlsten, líder de produto no Centro de Computação Quântica da AWS.
O centro está localizado no campus da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia). De acordo com a empresa, a AWS optou por fazer parceria com a Caltech, em parte, devido à rica história da universidade de contribuições para a computação – clássica e quântica – de pioneiros como Richard Feynman.
Entre os líderes técnicos do Centro de Computação Quântica da AWS estão Oskar Painter (professor de Física Aplicada, chefe de Hardware Quântico), e o brasileiro Fernando Brandão (professor de Física Teórica, chefe de Algoritmos Quânticos).
Construindo um qubit melhor
O AWS Quantum Computing Center centra os seus esforços no desenvolvimento de qubits supercondutor – elementos de circuito elétrico construídos com materiais supercondutores. Esta abordagem foi escolhida, em parte, porque a capacidade de fabricar estes qubits utilizando técnicas de fabrico de microeletrónicas bem conhecidas permite fazer muitos qubits de forma repetível e oferece mais controlo quando o número de qubits começa a aumentar.
O objetivo é desenvolver arquiteturas de qubit inovadoras, incluindo a utilização da Correção de Erros Quânticos (QEC) para reduzir os erros da porta quântica, codificando de forma redundante informação num qubit protegido, chamado qubit lógico. Isto permite a deteção e correção de erros de porta e a implementação de operações portuárias em qubits codificados de forma tolerante a falhas.
O objetivo final é fornecer a um computador quântico uma correção de erros que possa realizar cálculos fiáveis não só para além do que qualquer tecnologia de computação clássica é capaz, mas à escala necessária para resolver problemas práticos em indústrias como a indústria transformadora ou a indústria farmacêutica.