A RuPharma e a Endobios são as equipas nacionais a merecer reconhecimento pela qualidade das suas ideias, atualmente num estágio inicial de desenvolvimento.

Pandemia estimulou um número recorde de novas ideias submetidas aos InnoStars Awards. Na edição deste ano, o número de equipas que se propõem resolver alguns dos desafios mais prementes ao nível dos cuidados de saúde, aumento do bem-estar e conforto dos doentes sofreu um incremento de 47%. Entre as 15 start-ups selecionadas, três são oriundas da Roménia, duas de Espanha, Itália, Portugal e Hungria, bem como uma da Grécia, Polónia, Estónia e Lituânia. Os InnoStars Awards são um dos programas de aceleração mais competitivos do EIT Health, e têm como objetivo apoiar start-ups que se encontrem num estágio inicial de desenvolvimento de um protótipo ou com um Produto Mínimo Viável. Os semi-finalistas receberão 25.000€ em dinheiro “inteligente”, destinado a formação na área de negócio e apoio de mentoria por parte de especialistas mundiais da rede do EIT Health. As dez equipas com melhor desempenho poderão chegar à fase final e apresentar-se a um júri internacional. Será a oportunidade de obterem até 25.000€ para lançar o seu produto ou serviço no mercado.
“Todas as edições dos InnoStars Awards atraem soluções de saúde de ponta, biotecnologia ou saúde digital, que tentam responder a alguns dos desafios mais prementes dos cuidados de saúde, bem como a melhoria na qualidade de vida dos doentes. Este ano observamo-lo a escala ainda maior. A pandemia estimulou novas ideias, sente-se uma enorme motivação por parte dos inovadores no sentido de dar o próximo passo. A chave para o sucesso é, muitas vezes, dotar estas ambiciosas equipas de competências empresariais, dar-lhes oportunidade de aceder a networking e apoiá-las na construção de uma estratégia de reconhecimento internacional. Isto é exatamente o que fazemos”, sublinha Tamas Bekasi, RIS Business Creation Manager da EIT Health InnoStars.
“Nos últimos cinco anos, os InnoStars Awards deram oportunidade a dezenas de equipas para passarem da fase de protótipo para o nível de mercado. As melhores equipas obtiveram financiamento externo, interesse dos VCs e crescente atenção pela qualidade e relevância das suas soluções”, acrescenta Tamas Bekasi.
A lista dos semifinalistas dos InnoStars Awards 2021 integra duas start-ups nacionais:
- A RuPharma, um projeto que é um spin-off da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), um dos parceiros do EIT Health em Portugal. A equipa tem como objetivo desenvolver novos fármacos anticancerígenos para cancros altamente metastáticos. A solução já está protegida por uma patente internacional.
A Endobios, que desenhou a E-Chem, uma solução que implementa cadeias de valor que beneficiam a Saúde, a partir de bioprodutos que já comercializados, mas que se encontram subvalorizados, ou de biorresíduos não-monetizados a partir de algas, micróbios ou plantas. É uma solução que aumenta o valor dos bioprodutos e fornece novas soluções para clientes finais que procuram medicamentos sem prescrição que previnam doenças e melhorem a saúde, principalmente nutracêuticos, imunoestimulantes, microbiomas de saúde, anti-envelhecimento, saúde da pele ou produtos de bem-estar
As restantes start-ups a concurso são as: AIMED e Tully, da Roménia; Nanoker e Rethink Medical, de Espanha; JEMTech e Deed, de Itália; as húngaras Navolab Diagnostics e APPERCELL; AidPlex, Grécia; PolTiss, Polónia; Liverinn, Lituânia; e, Neurosalience (Estónia).
Os vencedores, além dos prémios financeiros, terão acesso ao apoio e potencial networking junto de investidores integrados na Rede de Investidores do EIT Health, bem como na rede EIT Health’s Living Labs e Test Beds. Para além das equipas mencionadas, o EIT Health prestará apoio de mentoria a mais 20 start-ups, com valor de 4.000 €.