A fabricação aditiva assumiu um papel relevante em tempo de pandemia e aproveitou este período para revelar algumas das suas potencialidades.

Por Rafael Mateus da Emetrês
A impressão 3D – também conhecida como fabricação aditiva – é uma área que move paixões e intenções há alguns anos. As suas vantagens diretas face à fabricação tradicional são sobejamente conhecidas, e foi no exigente tempo de pandemia COVID-19 que ela revelou capacidades diferenciadoras e disruptivas. Empresas internacionais e nacionais – como a Emetrês – juntaram-se ao esforço coletivo de combate ao novo coronavírus e às suas consequências ao disponibilizarem as soluções de fabricação aditiva em prol de um bem comum. A impressão de peças de ventiladores, equipamentos de proteção individual e outros componentes é o contributo mais visível da fabricação aditiva neste combate titânico que nos coloca frente-a-frente com o maior desafio médico, social e económico das últimas décadas.
– A fabricação em massa: se juntarmos as empresas que têm capacidade de imprimirem materiais médicos ou de apoio em 3D, verificamos uma realidade realmente marcante: beneficiamos de uma espécie de “fábrica descentralizada”, com inúmeras filiais que podem imprimir diferentes componentes capazes de ajudar de forma decisiva a cumprir as necessidades dos sistemas de saúde, dos seus profissionais e doentes.
– Inovação e celeridade: o tempo de produção 3D de componentes de ventiladores, por exemplo, é muito reduzido, pelo que o desenvolvimento de novos produtos ou a produção de peças para reparação de equipamentos médicos torna-se um processo mais dinâmico, mais rápido e sobretudo mais ajustado às necessidades de uma realidade que não pode esperar pelas imposições de um processo de fabrico tradicionalmente mais lento.
– Abertura do setor médico: pela razão supracitada e por outras mais, o setor médico revela-se hoje mais aberto às inovações tecnológicas disponibilizadas pela fabricação aditiva. Assim, as empresas com propostas nesta área beneficiam de maior permeabilidade no setor da saúde, o que permite não apenas dar a conhecer a inovação da impressão 3D como sobretudo ajudar rapidamente todo o setor médico.
Num mundo em que a rapidez de resposta e a inovação são argumentos essenciais para ultrapassarmos as dificuldades que o “novo normal” coloca no nosso caminho, a fabricação aditiva assume-se como uma resposta assertiva a muitas das necessidades atuais. A impressão 3D deixou de ser uma área futurista e de early adopters para se tornar num braço armado contra o COVID, numa luta onde não só se revelou muito útil, mas onde aproveitou para dar a conhecer muitas das suas potencialidades.