Managed Sevices: Fazer in house ou recorrer a outsourcing?

Uns optam pelo serviço de um especialista, enquanto uns preferem andar nesta aventura sozinhos!

Por Iqra Hamid, consultora na Mind Source

Todos nós já recorremos a agentes imobiliários na altura de procurarmos a nossa próxima casa, quer seja para comprar ou arrendar, não é?

Mas quantos de nós contratamos e valorizamos o serviço de um agente especializado neste ramo para nos ajudar na burocracia envolvida na obtenção do financiamento, dos aspetos legais, e da gestão processual até ao fecho do negócio? 

Uns optam pelo serviço de um especialista, enquanto uns preferem andar nesta aventura sozinhos!

As empresas de hoje também enfrentam uma escolha semelhante a essa, sobretudo para a montagem de uma equipa tecnológica nesta era de digitalização. 

Por exemplo, no setor bancário, é preciso haver um front-end que seja de fácil utilização para diferentes tipos de clientes cujo apoio é feito através de um servidor seguro e back-end forte para apoiar os vários tipos de operações, transações e comandos. E é por essa razão que existe um departamento dedicado aos serviços informáticos nas empresas de grande escala.

Agora, a questão é: quem é que a empresa deve colocar neste departamento?

Deve ser a empresa a recrutar, formar e reter o talento para realizar os projetos tecnológicos ou recorrer a uma empresa que se especializa na contratação, formação, e retenção do talento, tratando de todas as burocracias do processo?

Na modalidade tradicional (in-housing), a empresa recorre a meios próprios, à contratação e formação do talento internamente para integrar os projetos tecnológicos. Esta modalidade oferece vários benefícios ao nível da privacidade de dados da empresa, retenção do conhecimento do negócio, e oferece um maior controlo sobre as tarefas executadas e decisões tomadas no decorrer dos projetos.

Porém, o in-housing normalmente requer um grande investimento na tecnologia (hardware, software e infraestrutura) e na seleção e gestão do talento, que por sua vez requer especialistas de recursos humanos com experiência em recrutamento na área do IT.

Por outro lado, uma parceira com um Managed services provider (MSP) liberta a empresa do trabalho de ir à procura de talento, como é o fornecedor que faz a triagem e filtração do talento baseado nas necessidades decorrentes do projeto em que é considerada a tecnicalidade do perfil do talento, a experiência, a senioridade e a motivação do mesmo para se integrar no projeto. 

Aqui, é o fornecedor que desenvolve o talento e que trata das burocracias inerentes ao contrato: a contratação, os aspetos legais, o processamento salarial, entre outros.

Uma vez que os MSPs têm vários clientes, todo o investimento, custos operacionais, e despesas relacionadas com os talentos, são distribuídos pelos clientes que gera uma grande economia de escala permitindo ao MSP prestar um serviço de excelência ao cliente com um custo relativamente baixo.

Os talentos dos MSPs trazem conhecimento das tecnologias mais recentes, conhecem as melhores práticas da área de redes, segurança, armazenamento, virtualização, compliance e muito mais.

Com este conhecimento, os talentos conseguem contribuir com recomendações de melhoria imediata e contínua para alinhar a implementação com as operações do dia a dia.

As empresas que dão prioridade à relação qualidade-preço, idealmente confiarão o trabalho a um especialista, e assim aproveitar as competências que os talentos trazem pela experiência diversificada adquirida noutros clientes, a formação contínua dos talentos e a flexibilidade em termos da rotatividade dos talentos, tudo por um bom value for money.

Atualmente, é comum ter um modelo híbrido em que as equipas são formadas por colaboradores da empresa e por colaboradores de MSPs, que trazem uma visão diferente e fresca pela exposição a diferentes tipos de projetos.

O mais importante na escolha de “Fazer ou contratar para fazer” é ter um parceiro de serviços partilhados que compreenda as necessidades do negócio e que trabalhe para o sucesso dos clientes através da prestação do know-how acumulado dos seus talentos que otimizará as soluções tecnológicas do cliente.

Com as pessoas, experiências e qualificações certas, as empresas podem assegurar uma forte equipa de desenvolvimento. O desafio está em como encontrar esta receita perfeita.




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