Este anúncio inaugura uma nova fase na parceria com a OpenAI, iniciada no ano passado, para criar novas tecnologias de supercomputação em Azure. Ete anuncio foi feito no decorrer conferência anual Microsoft Build.

Por Carla Matsu
Este anúncio inaugura uma nova fase na parceria com a OpenAI, iniciada no ano passado, para criar novas tecnologias de supercomputação em Azure. Ete anuncio foi feito no decorrer conferência anual Microsoft Build.
Segundo a Microsoft, a ação conjunta com a OpenAI também marca o próximo passo para treinar modelos de IA muito grandes e a infraestrutura necessária para suportá-los. Esta combinação, enquanto plataforma, beneficiará outras empresas e developers que se debruçarem sobre a inteligência artificial.
Um dos TOP 5 do mundo – O supercomputador desenvolvido para a OpenAI, explica a Microsoft, é um sistema único com mais de 285 mil núcleos de CPU, 10 mil GPUs e 400 gigabits por segundo de conectividade de rede para cada servidor GPU. Este aparato todo dá à Microsoft um lugar cativo entre os cinco supercomputadores mais potentes da lista TOP500. “Hospedado em Azure, o supercomputador também se beneficia de todos os recursos de uma infraestrutura de nuvem moderna e robusta, incluindo implantação rápida, datacenters sustentáveis e acesso aos serviços da Azure”, diz a empresa.
Em comunicado, o CTO da Microsoft, Kevin Scott, disse que estas novas capacidades computacionais permitirão a criação de uma nova geração de soluções e avanços tecnológicos.
“Trata-se de ser capaz de fazer centenas de coisas interessantes no processamento de linguagem natural de uma só vez e centenas de coisas interessantes na visão computacional, e quando começarem a ver combinações desses domínios perceptivos, terão novas aplicações difíceis imaginar até agora”, destacou.
Decifrando modelos de IA
Jennifer Langston, que escreve sobre pesquisa e inovação para o blog da Microsoft, explica que, historicamente, os especialistas em machine learning construíram modelos de IA mais pequenos e separados que usam muitos exemplos rotulados para aprender uma única tarefa. Entre os exemplos – tradução entre idiomas, reconhecimento de objetos ou fala para tarefas simples.
Entretanto, uma nova classe de modelos desenvolvidos pela comunidade de pesquisa em IA provou que algumas destas tarefas podem ser melhor realizadas por um único modelo maciço – um que aprende ao examinar mil milhões de páginas de texto publicamente disponível. Isto é importante, pois este tipo de modelo mostra-se melhor quando os cientistas procuram, por exemplo, nuances da linguagem e contexto.
“À medida que aprendemos cada vez mais sobre o que precisamos e os diferentes limites de todos os componentes que compõem um supercomputador, fomos capazes de dizer: “Se pudéssemos projectar os nossos sistemas de sonho, como seriam?’”, questionou o CEO da OpenAI, Sam Altman para responder que a Microsoft conseguiu construí-lo.
Segundo Altman, objetivo da OpenAI, além de procurar avanços na investigação, visa também projectar e desenvolver tecnologias poderosas de IA que outras pessoas possam usar. O supercomputador desenvolvido em parceria com a Microsoft foi projectado para acelerar esse ciclo. “Estamos vendo que sistemas de larga escala são um componente importante no treino de modelos mais poderosos”, completou.
A Microsoft lembra que para os clientes que procuram acelerar os seus projetos de IA, mas não precisam de um supercomputador dedicado, a oferta Azure AI fornece acesso ao poder computacional com o mesmo conjunto de aceleradores e redes de IA que alimentam o supercomputador.
A empresa afirma ainda que está a disponibilizar ferramentas para treinar grandes modelos de IA nestes clusters de maneira distribuída e otimizada.