A Computerworld está a medir o pulso aos fabricantes do mercado TI em Portugal, tendo em conta a pandemia provocado pelo Covid-19. Fomos saber como as empresas estão a reagir, como mantêm os ciclos de vendas, como respondem aos novos formatos do apoio ao cliente e como olham para o futuro. Carlos Lourenço, Sector VP Portugal da CGI, aceitou o nosso desafio.

Como está a vossa capacidade na entrega e implementação de soluções e produtos?
A decorrer com normalidade, como desenvolvemos e seguimos as melhores práticas e processos de gestão, e temos os meios que nos permitem dar resposta a partir de qualquer lugar e de forma segura, sempre que a tarefa assim o permita, não sentimos qualquer problema operacional, tanto no mercado nacional, como no mercado internacional. Para além disso, como trabalhamos num modelo de proximidade, temos mantido um relacionamento muito próximo com os nossos clientes e temo-los acompanhado sempre nesta fase. Outro aspeto a destacar tem a ver com recrutamento: apesar do atual contexto adverso, continuarmos ativamente a recrutar.
Quais os produtos ou soluções que as empresas mais estão a adquirir?
É natural que algumas soluções e produtos de suporte à nova realidade do teletrabalho e de segurança acrescida, tenham tido um acréscimo da procura, mas no geral os clientes continuam a procurar inovação e capacidade de resposta para projetos críticos e estratégicos, e na CGI continuamos a trabalhar para garantir que damos resposta a esses desafios.
Na assistência e apoio técnico as solicitações cresceram? Tiveram de fazer algum tipo de ação especial para dar suporte aos pedidos nesta fase?
Na CGI o apoio técnico que prestamos aos nossos clientes é no âmbito dos serviços e soluções que desenvolvemos e implementamos e tivemos que ajustar alguns à realidade trazida pela pandemia, mas dentro da normalidade. É claro que a logística associada a uma intervenção técnica local se alterou, mas nada de dramático.
Como foram os primeiros dias?
Como tomámos a decisão de avançar para teletrabalho, sempre que possível, em antecipação, os primeiros dias foram focados em assegurar a qualidade do serviço prestado aos clientes, em organizar as equipas de acordo com esta nova realidade e em conseguirmos assegurar a transição suave de mais de 1000 colaboradores, para um novo modelo operacional sem quaisquer disrupções.
Como olha para o mercado quando tudo isto voltar ao “normal” ou não volta mais a ser normal?
Será um “novo normal”, que se vai traduzir, sobretudo, na forma como a sociedade se vai organizar em termos de trabalho. Por enquanto, nem o “quando”, nem o “como” são claros, ninguém pode garantir como será esta nova normalidade. Para já, temos a responsabilidade de conseguir agilizar a tomada de decisões com sentido crítico, para conseguir antecipar os ajustamentos necessários e atingir os melhores resultados nesta fase. O futuro poderá ser uma oportunidade para o mercado corrigir e assumir novos pressupostos de gestão de risco nos diferentes negócios.