HRB prepara formações de robotic process automation

A empresa de formação HRB Solutions deverá lançar ainda este ano novas academias e formações para fazer face às necessidades das empresas.

Nicole Ferreira, directora do departamento de comunicação empresarial da HRB Solutions

 

Atenta às necessidades das empresas, a HRB Solutions está a desenvolver novos serviços e a preparar um leque formativo mais completo. Segundo Nicole Ferreira, directora do departamento de comunicação empresarial da HRB Solutions, a empresa espera “ainda este ano lançar Academias e Formações de Testers e Robotic Process Automation (RPA)”.

Computerworld – Por que motivo há falta de profissionais de TI, quando a oferta de cursos, aos mais diferentes níveis é tão diversificada?

Nicole Ferreira – A oferta de cursos na área informática dificilmente acompanha a evolução que se tem verificado. É tudo cada vez mais digital e isso aumenta a necessidade de profissionais.

Além disso, por mais alunos que sejam formados em Portugal, através de um curso extremamente completo, é clara a tendência para a emigração, muito devido às diferenças salarias e à cultura empresarial que se vive em Portugal.

CW – Dentro das TIC, quais são os tipos de tecnologia em que se sente maior carência? 

NF – Na perspectiva da HRB Solutions, Consultora de Recursos Humanos, e sendo uma das áreas de actuação o recrutamento e selecção, facilmente podemos identificar que a carência de talento é geral e em todas as tecnologias.

CW – E em matéria de formação quais são as tecnologias que têm mais procura?

NF – Cada cliente tem as suas necessidades, de acordo com os projectos em desenvolvimento. Ainda assim, actualmente, podemos destacar as necessidades em JAVA, .NET e Outsystems. As funções mais procuradas são: software engineer; front-end developer; analista funcional; .NET e C# developer; consultor Java/Oracle PL/SQL.

Neste momento, estamos focados no desenvolvimento de novos serviços e na disponibilização de um leque formativo cada vez mais completo e ajustado às necessidades das empresas. Esperamos ainda este ano lançar Academias e Formações de Testers e RPA (Robotic Process Automation).

CW – Como definem genericamente a vossa oferta de formação? Quais os perfis que procuram para os vossos cursos?

NF – Temos três áreas diferentes dentro da Up Academy.

A Starter, começa com três meses de aulas numa tecnologia, seguidos de seis meses em cliente com desafios tecnológicos reais e um programa específico de soft skills. Na última etapa existe a integração que é, por norma, por um período mínimo de nove meses. Dirige-se a jovens, com raciocínio lógico/matemático, interesse por novas tecnologias, frequência universitária e com conhecimentos de inglês

A PRO inicia-se também com três semanas teóricas de especialização numa tecnologia, seguindo-se depois nove semanas em cliente nos mesmos moldes da área “Starter”. Na última etapa, há a integração direta. Esta versão tem como destinatários licenciados ou mestres em Áreas Tecnológicas e com conhecimentos de inglês.

Por fim, a Upgrade é desenvolvida à medida do cliente, na tecnologia que quiser e por períodos determinados conforme a necessidade.  Não tem um público específico, moldando-se conforme a necessidade. Será para quem quiser aprender uma nova tecnologia ou quiser reciclar os seus conhecimentos. 

Qualquer uma das Academias tem em conta a necessidade do cliente e o tipo de projecto, pelo que estes timmings poderão ser sempre ajustados.

CW – Em termos de saídas profissionais, quais têm sido os resultados das vossas formações?

NF – Os resultados têm sido extremamente positivos, considerando que dos Formandos da Up Academy 100% passam no exame e nas certificações e em termos de integração no cliente temos actualmente: 61% “developers”; 18% analistas funcionais; 13% “testers” e 8% suporte.

O tipo de empresas varia considerando que temos clientes das mais variadas áreas de actuação. Mas, maioritariamente, empresas de Tecnologia e Consultadoria. 

 

CW – Têm parcerias com o mercado de trabalho? Em que moldes?

NF – As nossas parcerias neste projecto são com a Altar.io (empresa portuguesa de desenvolvimento de produto e de software) que nos apoia em toda a oferta Formativa e Audax-ISCTE (centro de empreendedorismo), sendo nas instalações deste centro onde decorrem os primeiros meses de Formação.

CW – O que distingue a vossa oferta formativa da vossa concorrência? 

NF – Um aspecto importante é o complemento das “hard skills” com “soft skills”. Mais do que as competências técnicas, formamos os candidatos em termos comportamentais e comunicacionais. Hoje em dia esta associação é fundamental. Existe também um sistema gradual de aprendizagem e de integração no cliente. Todos os passos foram calculados com vista ao sucesso.

Formamos aquilo a que chamamos consultor de tecnologias de informação. Mais do que um técnico informático, é alguém que terá capacidades analíticas, estratégicas e de acção e que consiga encontrar soluções tecnológicas eficazes e que vão ao encontro das necessidades e objectivos do cliente.




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