Nuno Nunes e Rodrigo Rodrigues são os novos directores do Programa até 2023, anunciou a Fundação para a Ciência e Tecnologia, parceira do Programa CMU Portugal.
Nuno Nunes e Rodrigo Rodrigues, professores Catedráticos no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, são os dois novos directores do Programa CMU Portugal. A decisão foi oficializada pela pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e os novos responsáveis irão liderar o programa ate 2023.
Nuno Nunes e Rodrigo Rodrigues, vão, em conjunto, assumir até 2023 a direcção da terceira fase da parceria internacional estabelecida entre a FCT e a Universidade Carnegie Mellon, cuja primeira fase arrancou em 2006, anunciou a CMU Portugal.
“Reforçar a presença do programa CMU Portugal junto da comunidade científica, promover e estimular as relações indústria-ciência e fortalecer as ligações entre o programa e os parceiros industriais apontados para esta terceira fase” são alguns dos objectivos apresentados por Nuno Nunes para a nova etapa do Programa Carnegie Mellon Portugal, assim como “dar destaque ao papel central crescente que as universidades desempenham no ecossistema de inovação, impulsionando o crescimento económico regional e nacional.”
Nuno Nunes é actualmente presidente do Madeira Interactive Technologies Institute (M-ITI), uma unidade de investigação do Laboratório Associado LarSys e professor convidado do Human-Computer Interaction Institute (HCII) da Universidade Carnegie Mellon. As suas principais áreas de investigação abrangem a aplicação de modelos para desenvolvimento de software, sistemas e serviços interativos em particular para os domínios da sustentabilidade ambiental e cultura participada. Editou 15 livros e publicou mais de 130 artigos em revistas internacionais e em conferências nas áreas de engenharia de software, interacção pessoa-máquina e ciência de serviços. Foi PI e co-PI de vários projectos de investigação tendo conseguido financiamento na ordem dos 12 milhões de euros, através de fundos nacionais e europeus, assim como através de financiamento privado.
Nuno Nunes vai partilhar a direcção do programa com Rodrigo rodrigues, investigador do INESC-ID, que reitera que “temos elevadas expectativas para esta nova fase que passam nomeadamente por fortalecer o nosso ecossistema de inovação através da construção de parcerias sólidas e duradouras com os nossos afiliados industriais, e outras empresas inovadoras nas áreas das tecnologias de informação que possam contribuir para o sucesso do programa”.
Rodrigo Rodrigues é professor Catedrático no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e investigador do INESC-ID desde 2015. Foi professor na Universidade Nova de Lisboa e, antes disso, liderou o Dependable Systems Group do Max Planck Institute for Software Systems (MPI- SWS). Concluiu o seu doutoramento no Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 2005, sob a supervisão da Prof. Barbara Liskov. Ganhou diversos prémios e distinções, incluindo o prémio para melhor paper no Symposium on Operating Systems Principles, a principal conferência em sistemas computacionais, assim como uma distinção especial do Departamento de Engenharia Engenharia Eletrotécnica e Informática do MIT e um “Starting Grant” do European Research Council (ERC). Este ano foi o único investigador português a constar na lista dos Google Faculty Research Awards, um concurso altamente competitivo lançado pela Google nas áreas da informática e computação.
A missão geral da terceira fase do programa CMU Portugal passará por promover e estimular relações indústria-ciência enquanto agentes de mudança com especial enfoque na investigação em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), e em particular nas tecnologias para o processamento de grandes volumes de dados – genericamente designada por ciência e tecnologia de dados.
A missão geral da terceira fase do programa CMU Portugal passará por promover e estimular relações indústria-ciência enquanto agentes de mudança com especial enfoque na investigação em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), e em particular nas tecnologias para o processamento de grandes volumes de dados – genericamente designada por ciência e tecnologia de dados. A Universidade Carnegie Mellon já reuniu várias empresas na lista de afiliados desta nova fase, incluindo Altice, Accenture, CEiiA, Farfetch, Feedzai, Nos, Talkdesk, Tekever, Thales, Unbabel, Uniplaces e Veniam.
Dez anos de actividade e apoio a 50 projectos
Em 10 anos de actividade, o Programa CMU Portugal envolveu, para além da Universidade Carnegie Mellon, 15 universidades portuguesas, e 120 empresas parceiras, mobilizou mais de 900 estudantes, investigadores e docentes dos dois lados do Atlântico, apoiou cerca de 50 projectos colaborativos de investigação, atraiu mais de 15 milhões de euros de co-financiamento privado, acelerou os projectos de 17 equipas empreendedoras portuguesas nos Estados Unidos, e impulsionou a criação de 11 startups, que já atraíram mais de 67 milhões de dólares de investimento de capital de risco, na sua maioria internacional.