Em 2017, o mercado de cibersegurança terá aumentado 10% face ao ano anterior. Na modalidade “as a Service” cresceu 21%, estima a Canalys.
O mercado de Segurança-as-a-Service (SaaS) atingiu os quatro mil milhões de dólares em 2017, o que representa um crescimento de 21% face ao período homólogo, devido à crescente adopção de soluções empresariais na cloud.
Os analistas de mercado da Canalys estimam que o mercado total de segurança deverá ter crescido 10% para 31 milhões de dólares em 2017.
O sector de serviços de segurança cresceu ao dobro do ritmo do resto do mercado de segurança com o software e o hardware a valorizarem 5% e 10%, respectivamente, para um volume combinado de 27 mil milhões de dólares.
“No ano passado, fabricantes como a Cisco, a McAfee e a Trend Micro reforçaram a sua oferta de soluções na cloud, que inclui agora uma gama mais vasta de produtos e praticamente as mesmas funcionalidades que seriam conseguidas pelos clientes através da compra de licenças de software”, assinalou o analista da Canalys, Claudio Stahnke.
“A possibilidade de comprar estes produtos a partir de fornecedores de cloud pública e parceiros de canal (por exemplo, o “marketplace” AWS) também reduziu a complexidade de instalação de produtos de segurança e, ao mesmo tempo, disponibilizou processos de faturação mais flexíveis, uma vez que o cliente pode acrescentar e remover licenças mensalmente”.
A Canalys espera que o crescimento no espaço do SaaS continue forte ao longo de 2018 e de 2019, à medida que os fabricantes melhoram a oferta e os métodos de distribuição.
Os analistas esperam que o crescimento no espaço do SaaS continue forte ao longo do corrente ano e de 2019, à medida que os fabricantes melhoram a sua oferta e os métodos de distribuição. Mas o segmento de hardware e software de segurança vão ainda representar a maior fatia do mercado de segurança.
A Canalys assinala que a adopção de soluções de Segurança as a Service beneficiou das múltiplas vantagens que tem em comparação com o modelo de licenciamento de software, mas a mudança no fluxo de receitas estava a dar dores de cabeça aos vendedores de segurança que tiveram de refazer as previsões para 2018 de modo a não desapontar os investidores.
A Canalys refere o exemplo da Symantec como um fabricante de soluções de segurança que ficou falhou nas previsões para o quarto trimestre ao subestimar a adopção de produtos SaaS.
“Os investidores ainda ficam incomodados quando fabricantes como a Symantec falham os objectivos, mas não estamos a ver o mesmo tipo de pânico que se registou há uns anos, quando as acções da Adobe afundaram após a mudança para um modelo de subscrições. Os investidores estão a aprender que s receitas assentes em subscrições não são uma coisa má, mas sim o caminho pelo qual o mercado está a seguir”, assinala Stahnke.