Nutanix, Dell, VMware e HPE são os líderes. A Cisco, Pivot3 e a Huawei são os que mais desafiam aqueles fabricantes no segmento de infra-estrutura de hiper-convergência (HCI).
Até 20% das aplicações críticos para o negócio atualmente implementados em infra-estrutura de TI de três estratos, vão ser migradas para infra-estrutura hiper-convergência até 2020, diz a Gartner. A consultora decidiu elaborar para esta área um quadrante mágico individualizado, que passou a disponibilizar recentemente.
Os equipamentos em questão são uma das quatro classes de sistemas integrados em que a empresa organiza o segmento. Na nova matriz incluem-se os fornecedores que têm apenas software para hiperconvergência, como a VMware e Microsoft.
A evolução é uma indicação de que o mercado de hiperconvergência continua a desenvolver-se e as opções de implantação estão a expandir-se. Algumas empresas estão a escolher equipamentos integrados em hiper-convergência, enquanto outros optam pelo software vendido como parte de um modelo de arquitectura de referência. A “HCI-as-a-service” em cloud pública é outra alternativa.
À medida que a hiper-convergência se implantava no mercado, os principais fornecedores de sistemas adquiriram startups ou equiparam os seus servidores com o software para HCI através de parcerias de OEM. O novo quadrante mágico da Gartner aborda especificamente um conjunto de fornecedores que desenvolvem o software central de hiper-convergência.
O novo quadrante mágico descarta o requisito de hardware do sistema, parte do modelo de appliance HCIS, diz Gartner. Definir o segmento de mercado como “infra-estrutura de hiper-convergência” permite considerar modelos de fornecimento baseados só em software (para uso em plataformas de hardware certificadas) e modelos de entrega de serviços (para uso em infra-estrutura de cloud pública ou local). Mas não exclui a oferta de de hardware.
A Gartner especifica que o software para HCI deve incluir computação definida por software, armazenamento e, opcionalmente, rede com serviços de software e gestão integrados.
As mudanças justificam-se porque os clientes comparam appliances de hiper-convergência com software de infra-estrutura de hiper-convergência, executado em sistemas de referência certificados ou de parceiros de hardware OEM.
Para serem incluídos no novo quadrante os fornecedores devem atender a vários critérios funcionais. Por exemplo, a Gartner especifica que o software para HCI deve incluir computação definida por software, armazenamento e, opcionalmente, rede com serviços de software e gestão integrados.
Além disso, os equipamentos de HCI devem usar o armazenamento local do tipo DAS (Direct Attached Storage) em vez de NAS (Network Attached Storage). Têm de permitir usar o DAS como armazenamento virtual lógico e abstracto. E os serviços de armazenamento e gestão de dados integrados na oferta devem ser desenvolvidos pelo fornecedor da HCI, e não fornecidos através de uma relação de OEM.
Pontos fortes e fracos dos líderes
Nutanix: tem aceitação comprovada por parte dos utilizadores, grau elevado de satisfação do cliente e oferece flexibilidade na escolha do hipervisor. Merece cautelas quanto à amplitude da oferta e reconhecida como tendo falta de competitividade inicial no preço.
Dell EMC: beneficia de maturidade e tracção no mercado, com equipamentos como o VxRail, o VxRack SDDC e os servidores PowerEdge. Potenciais precauções ligam-se ao facto de o ciclo de lançamento do software VxRail estar atrasado face ao da VMware. Há também alguns recursos específicos que dependem de software externo de terceiros
VMware: os seus pontos fortes incluem o conjunto mais amplo de opções e a integração vincada entre a oferta vSphere, vSAN e vCenter. Os cuidados potenciais ligam-se à falta de recursos para a redução do número de dados e a potencial dependência tecnológica que promove.
HPE: uma das suas forças são os serviços de dados robustos obtidos com a compra da SimpliVity e a ampla aceitação no mercado, do HPE ProLiant DL380. Preocupações plausíveis são a posição da tecnologia SimpliVity no portefólio complexo, sobreposto da HPE e o suporte limitado para hipervisores.
Considerações sobre os desafiadores
A Gartner analisou um conjunto de empresas cuja oferta já desafia as propostas dos líderes. Eis as suas fraquezas e forças:
Cisco: a sua posição de liderança em infra-estrutura de rede e sua capacidade de resolver os desafios interligação de nós em na hiperconvergência, merecem destaque. Potenciais precupações surgem que se nota o o suporte limitado a hipervisores, a necessidade de melhorias no backup e Disaster Recovery.
Huawei: beneficia da força no mercado da FusionCube na Ásia e EMEA, e a forte base de parceiros. Cautelas justificam-se quanto à necessidade de melhoria na funcionalidade de armazenamento (e sobre o suporte nos mercados norte-americanos).
Pivot3: a facilidade de uso e a capacidade do equipamento Acuity suportar uma gama mais ampla de volumes de trabalho, são importantes. Mas o fabricante perdeu terreno na integração tardia com o mercado de fornecedores de cloud pública. E a integração e reporte de API tem de ser melhorada.
A Stratoscale e a Microsoft foram colocadas na área dos “visionários”. A Scale Computing, DataCore e HTBase foram consideradas fabricantes de nicho.