Depois de assegurar a protecção, face às vulnerabilidades Spectre e Meltdown, dos microprocessadores lançados nos últimos cinco anos, o fabricante vai continuar a trabalhar para proteger os próximos.
A Intel conseguiu resolver os primeiros problemas relacionados com as vulnerabilidades Spectre e Meltdown nos processadores mais antigos e vai agora tratar dos próximos. A empresa planeia criar uma partição nos processadores, até ao final do ano, para os proteger contra outras duas das vulnerabilidades relacionadas, anunciou esta quinta-feira.
A Intel disse a semana passada que começou a enviar as correcções para os processadores Ivy Bridge e Sandy Bridge para os seus parceiros fabricantes de PC, tendo apenas ficado de fora das correcções alguns chips de nicho. O processo foi agora terminado, disse a Intel esta quinta-feira, estando agora abrangidos todos os processadores lançados nos últimos cinco anos.
Das três variantes que compõem as falhas Spectre e Meltdown, a primeira variante Spectre foi essencialmente corrigida através de software. O código foi criado originalmente pela Intel que o enviou para os clientes através dos fabricantes de hardware e da Microsoft. A Microsoft também disponibilizou as correcções para sistema operativo bem como o microcódigo da Intel através do “Windows Update”.
As correcções do software por si não são suficientes para resolver a segunda variante do Spectre, bem como a Meltdwon. Ambas vão obrigar a revisões de hardware que serão lançadas mais tarde ainda este ano.
Mas as correcções do software por si não são suficientes para resolver a segunda variante do Spectre, bem como a Meltdwon. Ambas vão obrigar a revisões de hardware que serão lançadas mais tarde ainda este ano.
Para atingir esse objectivo, a Intel disse que desenhou “partições” para protecção da segunda variante do Spectre e Meltdown. Estes “compartimentos” vão aparecer em primeiro lugar na próxima geração Xeon (nome de código Cascade Lake), e no ainda sem nome processador core de oitava geração que deverá começar a ser disponibilizado na segunda metade de 2018.
Em traços gerais, a Intel disse que estas partições vão reforçar as barreiras de protecção entre aplicações e níveis de privilégios de utilizadores que, tanto as falhas Spectre como Meltdown podiam explorar através de técnicas de execução especulativas. Apesar de outros fabricantes de processadores como a ARM ou a AMD também poderem ser potencialmente afectados, os processadores da Intel eram considerados os mais vulneráveis.
Segundo informação de trabalho da Intel, conhecida devido a uma fuga de informação, os planos da Intel para computadores de secretária são relativamente espartanos durante o corrente ano, com os processadores Coffee Lake a dominar nos computadores de consumo e os processadores Skylake-X a ser disponibilizados para os mais entusiastas. A Intel planeia actualizar o Skylake-X com o processador Cascade Lake-X a partir do quarto trimestre, em simultâneo com os processadores Cascade Lake Xeon.
A Intel disse, em Maio, que os processadores Cascade Lake Xeon irão suportar nativamente o que a intel chama de “memória persistente”, essencialmente uma solução de armazenamento Optane ou 3D Xpoint dentro um formato DRAM. Não é claro que que os processadores Cascade Lake para desktop incluam também esse suporte de memória persistente.
O que significa para os utilizadores
A melhor forma de proteger os computadores com processadores Intel do Spectre e Meltdown é mante-los constantemente actualizados e com as correcções mais recentes, tanto dos fabricantes do sistema operativo, como dos fabricantes de mohterboards. A Microsoft já avançou com medidas para ajudar os fabricantes mais pequenos, que não têm capacidade para fazer as correcções, através da disponibilização de actualizações de microcódigo.
O que não se sabe é até que ponto as vulnerabilidades Meltdown e Spectre serão de facto exploradas no futuro obrigando os utilizadores de PC a descartar-se dos processadores mais antigos.