Na iniciativa participam a Abyssal, Deimos Engenharia, Edisoft, Graphenest, IBM, Omnidea, Petsys Electronics, Tekever e Wavecom.
O Governo renova durante a tarde desta quinta-feira, e por mais dez anos, o contrato para o programa UT Austin Portugal, com a Universidade do Texas (Austin).
Os esforços de investigação colaborativa do novo plano deverão centrar-se em quatro temas: uma abordagem integrada das áreas de actividade do Atlantic International Research (AIR) Center (Espaço, clima, Terra e oceanos) a computação avançada, a nanotecnologia e a física médica.
O leque de empresas participantes também é renovado. O programa inclui agora: a Abyssal, Deimos Engenharia, Edisoft – Empresa de serviços e desenvolvimento de software, Graphenest, IBM, Omnidea, Petsys Electronics – Medica Pet Detectors, Tekever e Wavecom Soluções Rádio.
Uma das iniciativas do plano anterior, a University Technology Enterprise Network (UTEN), resultou num impacto económico directo superior a 318 milhões de euros, diz o director executivo internacional da rede, Marco Bravo. Daqueles, 133 milhões referem-se a tecnologia exportada e 72 milhões referem-se a capital de risco atraído por empresas nacionais nos EUA, detalha um comunicado.
A aposta estratégica para o novo plano é marcada pela colaboração internacional em tecnologias emergentes e no reforço da UTEN. Haverá, segundo a nota, um reforço na computação avançada, que faz parte do programa UT Austin Portugal desde o início.
Na computação avançada, o esforço será para capacitar Portugal de recursos necessários à modelação digital e à ciência de dados com vista a alavancar a investigação espacial e de observação da Terra.
A aposta visa “capacitar Portugal de todos os recursos necessários à modelação digital e à ciência de dados com vista a alavancar a investigação espacial e de observação da Terra e com isso explorar os ativos mais valiosos do país, nomeadamente nas áreas do novo AIR Center”.
Na área da física médica, a aposta é na colaboração com o MD Anderson Cancer Center. O objectivo será a capacitação e formação em tecnologia nuclear de protões de alta energia com vista a desenvolver terapias oncológicas promissoras.
No campo da nanotecnologia, há uma “nova agenda de investigação e inovação”, focada numa abordagem integrada para o desenvolvimento de materiais novos e complexos para novos mercados.
Mais 100 investigadores envolvidos
A direcção do programa, em Portugal, será liderada por José Manuel Mendonça, presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e docente da FEUP. Nos EUA, fica a cargo de John Ekerdt, reitor associado de investigação em engenharia na Universidade do Texas em Austin.
A parceria internacional já envolveu mais de 300 estudantes de pós-graduação, mais de 100 investigadores pertencentes a cerca de 50 universidades e instituições de investigação e 13 empresas afiliadas. Nos programas doutorais estabelecidos em digital media, computação avançada e matemática aplicada, formaram-se mais de 50 pessoas em Portugal.