O fabricante equipou a sua oferta para redes “intent based” (IBN, sigla em inglês) para que consiga verificar se as infra-estruturas de estão a funcionar de acordo com as intenções definidas.
A Cisco levou a sua oferta para redes capazes de adaptarem, e funcionarem de acordo com intenções dos gestores, para uma nova fase. A infra-estrutura para “Intent Based Networking” (IBN) do fabricante consegue agora verificar se as redes estão realmente a funcionar de acordo com o definido.
Oferece também maior ajuda para descobrir e resolver problemas mais rapidamente em redes de comunicações com e sem fio. A empresa diz que a nova etapa está focada em oferecer garantias.
E que isso passa pela capacidade de avaliar se as intenções que foram traduzidas em políticas e orquestradas para toda a rede, ao configurem-se equipamentos individuais, estão a funcionar de acordo com as intenções.
Para isso a lista de recursos IBN da Cisco inclui um novo produto de software e melhorias para outros dois módulos de software anunciados na conferência Cisco Live em Barcelona, na semana passada.
Mehra considera que o mercado de IBN está bastante fragmentado, com muitos fornecedores a oferecerem uma solução, mas não muitas peças integradas.
Isso dá à Cisco uma oferta IBN mais integrada e abrangente do que concorrentes cujas ofertas podem suportar recursos específicos do modelo de funcionamento, mas não em toda uma rede, diz Rohit Mehra, vice-presidente de pesquisa para infra-estrutura de rede da IDC.
“Traz política, segurança e todas as capacidades em torno de garantia sobre as redes, para dar resiliência”, diz. Mehra considera que o mercado de IBN está bastante fragmentado, com muitos fornecedores a oferecerem uma solução, mas não muitas peças integradas.
“Diferentes fornecedores disponibilizam algumas, que devem ser vistas como soluções pontuais, na medida em que fazem a sua tarefa, várias de forma excelente”. Por exemplo, a IDC já referiu nas suas análises, startups como a Live Action, 7Signal Solutions, Nyansa, ThousandEyes e Kentik. Fornecem monitorização com base na cloud, uma importante peça de IBN.
Há ainda fabricantes mais estabelecidos no mercado, como a NetScout, a CA e a IBM, que também oferecem esse tipo de acompanhamento sobre a rede. Contudo “há mais valor em ter uma IBN coerente, fornecida por um único fornecedor”, defende Mehra.
O conjunto de novidades incluiu:
‒ para o datacenter, o Cisco Network Assurance Engine que faz uma verificação contínua de toda a rede para ajudar a manter o funcionamento como pretendido, inclusive à medida que a rede se modifica de forma dinâmica;
‒ nas redes de campus e dependências, o DNA Center Assurance proporciona maior conhecimento e visibilidade sobre as redes, de modo a reduzir significativamente o tempo e o dinheiro gasto pelo departamento de TI a resolver problemas, em ambientes de comunicação com e sem fios;
‒ para as organizações com operações de TI distribuídas, o Cisco Meraki Wireless Health reduz o tempo de interrupção de serviço utilizado na resolução de problemas de comunicações sem fios, através da capacidades de analítica avançada.
Muito daquilo que a Cisco pretende atingir pode ser conseguido com o seu equipamentos mas o fabricante está a trabalhar com outros ‒ Citrix, F5, AVI, Splunk e VMware ‒ para os seus produtos oferecerem um contributo relevante.