O cluster da indústria automóvel representou um volume de negócios de 10,5 mil milhões de euros em 2016, envolvendo 900 empresas.
Um grupo de 400 empresas produtoras de componentes eléctricos, electrónicos e de automação cujo total de facturação representa 28% do volume de negócios do Mobinov. É o grupo com maior facturação no cluster da indústria automóvel em Portugal, que representa 5,6% do PIB, perto de 10, 5 mil milhões de euros, diz um estudo divulgado esta segunda-feira, no Instituto Politécnico de Leiria.
O Mobinov estabelece como eixos de desenvolvimento, a adaptação às tendências do sector, a subida na cadeia de valor, uma maior penetração em mercados estrangeiros maior captação de investimento externo. Aludindo a resultados de inquérito realizado pela Deloitte, à escala mundial, específico para fornecedores de componentes, o estudo refere várias tendências e prioridades destes agentes.
Uma delas é o esforço por desenvolver novos modelos de negócio, incluindo a servitização, ou seja com agregação de serviços à oferta. O desenvolvimento de soluções de um produto para ser usado por múltiplos construtores e a a criação de incubadoras de inovação transformacional, são outras tendências e prioridades.
O conjunto inclui ainda a compra de empresas para obtenção de capacidades, além do desenvolvimento de relações com novos parceiros. No contexto dos eixos de desenvolvimento e acções a desenvolver pelo cluster está também a cooperação entre todos os “stakeholders”
com influência na indústria.
O cluster, baseado em previsões da Deloitte, assume que evolução da Industria 4.0 será a tendência com maior impacto a par dos veículos autónomos. Num segundo nível a consultora coloca também a partilha de automóveis e num terceiro, o aumento da conectividade dos automóveis, juntamente com o incremento do uso de motores híbridos será ou factor influente.
92 milhões de veículos conectados em mobilidade
Nas previsões avançadas pelo Mobinov, até 2020, 92 milhões de veículos serão conectados com sistemas dinâmicos de comunicação móvel. E até 2021, 35 milhões de condutores em todo o mundo usarão sistemas de “carsharing”.
A impressão 3D permitirá a personalização de veículos sem limitações e a perspectiva global é que, em 2035, existam em circulação 21 milhões de veículos autónomos.O estudo foca-se na componente industrial do setor automóvel, ou seja, na cadeia de valor que engloba todos os fornecedores e acessórios (desde o vidro ou o têxtil, fibras e cobres até aos pneus, componentes metálicos ou moldes e ferramentas, entre outros) e construtores.
Perto de 98% do volume de negócios total é realizado no estrangeiro e o mesmo representou 20% da exportação de bens transacionáveis de Portugal.