Toshiba antecipa revisão de investimento em segurança das empresas

O RGPD, a cibersegurança e as novas formas transacionais de informação financeiras são desafios a que as empresas vão dar resposta com a adopção de tecnologia, diz o fabricante.

João Dessa, responsável de vendas B2B da Toshiba para Portugal

Em 2018, os CIO vão ganhar importância nos conselhos de administração. Segundo a Toshiba os responsáveis pelos sistemas de informação das organizações vão prestar “aconselhamento estratégico de arranque e implementação de investimentos tecnológicos”, essenciais para a competitividade e conformidade das empresas face a normas legais que serão de cumprimento obrigatório, como é o caso do Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD).

A Toshiba considera que as organizações terão de dar resposta a desafios como o já referido regulamento, a cibersegurança e as novas formas transaccionais de informação e financeira.

O investimento das empresas, europeias e não só, deverá passar, num primeiro momento por ter os seus sistemas e processos em conformidade com o RGPD, até 25 de Maio. A Toshiba recorda que é necessário “saber como gerir os seus dados, de forma segura e transparente”, para evitar “o risco de penalidades por incumprimento ou de acções legais para quem não esteja preparado ou que não cumpra as regras”. Ainda assim, e segundo o Gartner, cerca de metade das empresas não vão conseguir cumprir com esta regulamentação até ao final do ano de 2018.

Enquanto isso, a exposição das organizações a potenciais ataques cibercriminosos continua a crescer. O crescimento de ataques de ransomware deverá aumentar mais de 15 vezes face a 2015, atingindo mais de cinco mil milhões de dólares a nível global, de acordo com a Cyber Security Ventures. Por outro lado, o trabalho está a mudar com o aumento do peso de modelos como o trabalho móvel ou o teletrabalho, o que representa desafios adicionais de segurança para as organizações.

Em conjunto, estes desafios “irão levar-nos a ver um aumento na adopção de determinadas tecnologias seguras que incluem a criptografia quântica, edge computing e infra-estruturas de ambientes de trabalho virtuais baseados na cloud”, assinala João Dessa, responsável de vendas B2B da Toshiba para Portugal.

Criptografia quântica ajuda na protecção de dados

Na visão da Toshiba, a criptografia quântica está a emergir como o método de protecção de dados mais evoluído para o combate ao aumento das ameaças de segurança. “A construção básica de blocos computacionais irá sofrer uma transformação para a inclusão matemática e física com a introdução da computação quântica”, explica a Toshiba. Analistas internacionais prevêem que o mercado global atinja os dois mil milhões de dólares em 2024, um crescimento potenciado pela necessidade constante da transmissão de dados online da forma mais segura possível. A Toshiba “estabeleceu um novo paradigma com criptografia quântica no seu Laboratório de Pesquisa em Cambridge, ao criar um dispositivo QKD que alcançou a velocidade de 13.7Mbps por segundo, cerca de sete vezes mais rápido que o anterior recorde também detido pela Toshiba de 1.9Mbps”.

Edge Computing contribui para ganhos de eficiência

Para 2018, muitas consultoras e analistas antecipam o aumento da proliferação de dados provenientes da adoção de IoT e das capacidades previsíveis do 5G. Por este motivo, o Edge Computing será importante para organizações que gerem volumes elevados de dados, ao contribuir para decidir o que enviar para a cloud, reduzir os “backlogs” e executar tarefas mais pesadas com tecnologia. A Edge Computing permite maior mobilidade e processamento em tempo real e ganhos de eficiência em ambos os lados da cadeia de TI das organizações. Dispositivos wearables, como óculos inteligentes, poderão trabalhar em harmonia com Edge Computing para aligeirar processos nas organizações em ambientes remotos ou móveis. Poderá ser relevante no setor da saúde, onde este tipo de óculos poderá aceder a dados locais, coligir dados de outros fornecedores de saúde e apoiar no diagnóstico e análise de pacientes em tempo real.

Apps vão deixar de estar instaladas nos dispositivos móveis

Para contribuir para o trabalho flexível, em mobilidade e segurança, “sem se cair nas malhas das organizações de cibercrime”, é importante o investimento em “soluções tecnológicas ultraligeiras” e até mesmo “não instaladas nos equipamentos”, aumentado a capacidade disponível de armazenamento dos dispositivos e reduzindo os riscos para a segurança. Segundo a Toshiba, serão utilizados “servidores externos para gerir os sistemas operativos e de acesso aos dados através de uma infra-estrutura de ambiente de trabalho virtual baseada na cloud (VDI)”.




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