Novo NSX-T focado em redes de “containers”

A Cisco, Juniper e outros fornecedores também estão a fazer evoluir as suas plataformas de automação de rede para acolher melhor a tecnologia.

 

A VMware colocou no mercado durante a última terça-feira, uma nova versão do seu software para virtualização de redes, NSX. As principais novidades do sistema procuram facilitar a gestão de requisitos de rede para aplicações nativas de cloud computing e contidas em invólucros de virtualização, ou “containers”.

O lançamento representa o último exemplo de um fornecedor de tecnologia para redes a preparar as suas ferramentas de automação para gerir não só redes tradicionais de centros de dados e campus, mas cada vez mais aquelas de ambientes de cloud computing, para acolher um desenvolvimento de aplicações mais rápido.

A VMware possui duas versões separadas do software de rede definida por software (SDN, sigla em inglês). A versão mais popular e extensamente utilizada, denominada NSX, tem integração com o seu software de gestão de ambientes virtualizados, vSphere, e com o popular hipervisor de computação ESXi da empresa.

Em 2016, a VMware anunciou outra versão chamada NSX-T, que suporta hipervisores diferentes do ESXi, incluindo a Kernel Virtual Machine (KVM). O primeiro foi concebido para ser executado em ambientes de cloud públicos e privados e, nos últimos meses, a VMware alargou as capacidades do NSX-T, para oferecer suporte a redes de aplicações “encapsuladas“.

Esta semana, na conferência SpringOne Platform, da Pivotal (outra empresa do grupo Dell Technologies) em São Francisco, a VMware anunciou o NSX-T 2.1, que suporta o sistema de PaaS, Cloud Foundry, da Pivotal ‒ preparada para o desenvolvimento de aplicações baseadas em “containers”.

Quando se tem um ambiente vibrante, sujeito a muita mudança, com inicialização de finalização de processos, executados num ambiente de micro-serviços distribuídos, não se pode fazer a gestão manualmente”, reforça Brad Casemore (IDC).

Os ambientes em cloud computing e particularmente aqueles que usam aqueles invólucros de aplicações, apresentam desafios únicos nas redes, diz Brad Casemore, director de pesquisa sobre o segmento de redes de datacenter da IDC. Os “recipientes” de virtualização, que os programadores usam para organizar aplicações em componentes modulares, têm períodos de vida muito curtos em comparação com as máquinas virtuais.

Por vezes funcionam durante meros segundos, em comparação com máquinas virtuais que podem manter-se indefinidamente. Normalmente, há um grande número de unidades de “container” que compõem uma aplicação baseada em micro-serviços.

Dezenas  desses invólucros de virtualização podem ser executados numa única máquina virtual, por exemplo. “[O tema] não envolve apenas a arquitectura de rede e a topologia a suportarem os ‘runtime” dos containers. Operacionalmente, há um impulso ainda maior para haver uma automação mais alargada”, diz Casemore. “Quando se tem um ambiente vibrante, sujeito a muita mudança, com inicialização de finalização de processos, executados num ambiente de micro-serviços distribuídos, não se pode fazer a gestão manualmente”.

Adopção nascente mas acelerada de containers

Existe uma ampla oferta de plataformas de gestão “containers”, diz Casemore. A Cisco, por exemplo, implementou recentemente o suporte para aqueles invólucros e sistemas de gestão dos mesmos, incluindo o Kubernetes, o Docker Data Center e o Mesos, na versão 3.0, da Application Centric Infrastructure (ACI) para SDN. A Juniper suporta “containers” com o Contrail SDN e a Nuage com o seu VSP. Há uma variedade de startups como a Tigera e Weaveworks que também visam resolver problemas de redes daqueles invólucros.

O gestor de marketing de produtos da VMware, Matt De Vincentis, diz que a NSX-T torna mais fácil gerir os “containers” em grande escala, além de os integrar melhor com outros serviços de rede, como firewalls e sistemas de equilíbrio de carga.

Entretanto a adopção de “containers” à escala mundial é nascente, mas cresce rapidamente. De acordo com uma pesquisa para a Voice of the Enterprise de 2016, realizada pela 451 Research, apenas 25% dos inquiridos usavam “containers”. E apenas 34% descreveram disseram usá-los de forma ampla.

À medida que as organizações adoptam os invólucros de virtualização de aplicações e começam a executá-los em produção, Casemore acredita que as organizações começarão a perceber quais são os problemas de gestão dos requisitos de rede, associados.




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