Desde Fevereiro, onze unidades orgânicas estão a adoptar uma nova plataforma, a afinar e uniformizar procedimentos, num projecto gerido por 40 profissionais da Quidgest.
A Universidade Nova de Lisboa (UNL) passou a gerir a sua actividade com base na plataforma SINGAP, da Quidgest, desde o dia 2 de Maio em 11 unidades orgânicas. Uma equipa de 40 profissionais do fornecedor de TIC estiveram envolvidos na substituição dos sistemas ERP do conjunto universitário, exceptuando aquele da Faculdade de Ciências Médicas ‒ já usava a referida plataforma.
Desde Fevereiro que a UNL é uma fundação pública com regime de direito privado e isso fez com que iniciasse mudanças para uniformizar processos de todas as unidades orgânicas, lembra um comunicado da Quidgest.
Mas o objectivo envolveu a manutenção de autonomias e especificidades. Estão hoje em funcionamento os módulos de gestão de recursos humanos, gestão financeira e patrimonial e gestão de projectos. Todavia a iniciativa prossegue para novas fases e só tem conclusão prevista para o fim de 2018.
“Até ao final de 2017 ano iremos fechar temas como indicadores de gestão e a contabilidade analítica”, avança Carlos Costa, director de marketing da Quidgest em declarações para o Computerworld.
“Posteriormente, a par da implementação do SNC AP, tencionamos, em fase de manutenção do sistema, incorporar as melhorias sugeridas pelos utilizadores da Nova durante estes meses de implementação e que se irão reflectir num sistema totalmente adaptado às necessidades da universidade”, revela ainda.
“A principal dificuldade prende-se com a mudança de procedimentos num tão curto espaço de tempo”, diz Carlos Costa (Quidgest).
A reunião de arranque do projecto ocorreu a dia 16 de Janeiro de 2017, detalha, seguindo-se as fases de levantamento de requisitos, configuração e parametrização do sistema, formação, preparação dos ambientes de qualidade a produção e migração de dados.
O processamento de vencimentos de todas as unidades já está a ser efectuado desde o início de Maio, com a nova plataforma. A gestão financeira e patrimonial estão em funcionamento desde Junho, altura em que a Fundação Nova emitiu para a Direcção-Geral do Orçamento o balancete consolidado de todas as unidades, em conformidade como o Sistema Nacional de Contabilidade da Administração Pública (SNC-AP).
Desde a entrada em produção no mês de Maio, a equipa de “técnicos especializados em contabilidade pública e gestão de recursos humanos, tem trabalhado na “uniformização de procedimentos, ajustes a funcionalidades para se adequarem o mais possível à realidade” da instituição. Os trabalhos incluem ainda desenvolvimentos de integração com outros sistemas (sistemas de gestão académica e de facturação, por exemplo) e gestão de mudança.
“A principal dificuldade prende-se com a mudança de procedimentos num tão curto espaço de tempo”, diz Carlos Costa. Além do projecto, as unidades passaram a usar o mesmo número único de contribuinte com a criação Fundação Nova, outro factor de complexidade.
Mas também houve alguns “imprevistos técnicos bastantes desafiadores”, que o responsável não revela, preferindo falar das virtudes da plataforma de desenvolvimento (“no code”) Genio. Esta permite conceber soluções “de forma a poderem ser alteradas quando se entregam ao cliente”, recorda.
“Em projectos de grande urgência como é o caso, há uma forte pressão para se trabalhar sobre o código e não sobre o modelo”, acrescenta. Além da plataforma de modelação e geração de código, a equipa recorreu a tecnologia de mobilidade, incluindo a matriz ASP.NET MVC e de Internet.
Um dos projectos “mais exigentes” para a empresa
“Estamos habituados a grandes desafios na implementação de soluções complexas, em vários países, mas este foi um dos mais exigentes na história da nossa empresa, pelo prazo curto, pela dimensão e sobretudo pela quantidade de inovações introduzidas”, comenta Beatriz Guimarães, gestora do projecto. “Podemos referir que o ERP implementado é acedido via browser e totalmente integrado”, acrescenta o responsável, ao exemplificar o grau de inovação.
O projecto enquadra-se na estratégia de afirmação nacional e internacional da UNL, e pretende constituir uma vantagem competitiva na consolidação desta dinâmica e na sua transformação digital, diz a Quidgest. A universidade tem cerca de 20 mil alunos, dos quais dois mil são estrangeiros de 100 nacionalidades, 1700 professores. Disponibiliza 80 doutoramentos e tem 40 unidades de investigação.
*Com comunicado