A empresa dará suporte às funcionalidades lançadas em 2015 até Abril, evitando prejudicar os clientes empresariais que aderiram desde o primeiro momento ao sistema operativo.
“Para ajudar aqueles que primeiro aderiram ao sistema e que ainda estão a concluir a transição para o Windows as a Service, vamos disponibilizar um pacote de serviço suplementar para o Windows 10, versão 1511, por mais seis meses, até Abril de 2018”, disse Michael Niehaus, director de Marketing de produto Windows, no blogue da empresa.
O suporte adicional, que Niehaus disse estar limitado aos “patches” de segurança classificados como “crítico” ou “importante” – as duas categorias mais elevadas num sistema de quatro níveis – será distribuído através de “todos os canais normais”, incluindo o Windows Update, Windows Server Update Service (WSUS), System Center Configuration Manager (SCCM), podendo também ser descarregado manualmente no catálogo de actualizações da empresa.
O prolongamento do suporte abrange as versões Enterprise 1511 e Education 1511 acrescentou Niehaus. A nova descontinuação deverá acontecer, provavelmente, a 10 de Abril de 2018, a terça-feira das correcções.
O Windows 10 1511 foi apresentado em 10 de Novembro de 2015 e outras edições, incluindo a Home e a Pro, deixaram de ter suporte em 10 de Outubro de 2017.
Modelo de actualização e suporte tem cadência pré-definida
Sob o modelo Windows as a Service (WaaS), a Microsoft disponibiliza duas novas actualizações por ano, com intervalos de seis meses. O suporte para cada actualização dura 18 meses. No entanto, a versão 1511 acabou por ter um ciclo de suporte de 23 meses, com o tempo adicional decorrente da regra arcana que a Microsoft implementou, e que mais tarde ajustou, através da qual não iria retirar um upgrade antes de passarem seis meses sobre a mais recente actualização.
Com o prolongamento as versões 10 Enterprise 1511 e Education 1511 têm, no total, 29 meses de suporte, um prolongamento tão grande quanto os históricos intervalos entre as principais versões do sistema operativo pré-0, quanto a distância entre o Windows 7 e o Windows 8, ou os 34 meses entre o Windows 8 e o Windows 10.
Ironicamente, o sucessor do 1511, lançado em meados de 2016 e designada 1607, vai deixar de ter suporte a partir de Março de 2018, antes do seu predecessor. Algo que não deveria funcionar assim.
“O que é surpreendente é o quão inflexível tem sido a Microsoft sobre esta cadência”, disse Michael Silver, um analista do Gartner, com as actualizações a cada seis meses e o suporte de 18 meses. “O que não é surpreendente é que a organização nos tenha dito que não pode fazer mais actualizações num ano. Estão preocupados em falhar no suporte da versões 1511 ou até da posterior 1607”.
É praticamente seguro que a Microsoft terá alargado o suporte à versão 1511, porque a maioria dos clientes importantes – grandes empresas – terão dito ao fabricante que não conseguiam cumprir o prazo de 10 de Outubro de 2017. Niehaus não se referiu a esta motivação, como é habitual neste tipo de decisões da Microsoft, mas deverá ter sido provavelmente o que espoletou este prolongamento.
“O prolongamento da extensão não é de facto uma grande surpresa”, disse Stephen Kleynhans, igualmente analista do Gartner. “A Microsoft está ainda a afinar o modelo de manutenção para que se adapte a mais empresas”.