O grupo bancário britânico escolheu, para várias empresas da organização, serviços de ERP em cloud computing. A mudança envolveu mudar do universo SAP para o da Oracle.

Matt Trager, director de arquitectura de negócios financeiros do Lloyds Banking Group
O Lloyds Banking Group optou, em 2016, por usar um ERP em cloud computing da Oracle, para algumas de suas unidades de negócios, em detrimento da oferta em modelo semelhante da SAP. Actualmente tenciona adoptar mais das soluções SaaS do fornecedor norte-americano.
Numa entrevista para o Computerworld UK, durante a conferência da Oracle, OpenWorld 2017, Matt Trager, director de arquitectura de negócios financeiros do Lloyds Banking Group, explica quais foram os principais desafios da empresa e porque optaram pela Oracle.
“Não conseguimos avançar suficientemente rápido se tivermos um relacionamento distante com os parceiros de TI, porque precisamos responder rapidamente à medida que a paisagem muda”, contextualiza Matt Trager. Novos requisitos continuam a aparecer assim como os desafios. “Isto tem grande importância e desenrola-se num espaço complexo, por isso temos de estar muito mais integrados, a menos que queiramos ter um papel transaccional”, assinala.
No entanto, mudar para a Oracle, para adoptar cloud computing em plena força, envolveu diferentes desafios, que implicaram ajudar os utilizadores, clientes do departamento de TI, a entender o que uma implantação de cloud poderá oferecer-lhes, que uma evolução sem cloud não pode dar.
“A primeira e mais importante barreira é fazer com que as pessoas se sintam confortáveis com aquilo que realmente representa cloud computing, porque há muita informação contraditória sobre isso. Da perspectiva da empresa fica-se com a ideia de que é literalmente um espaço público”, explica Trager.
“Mas na verdade, os níveis de segurança, resiliência e inovação que se obtém com a cloud pública são ainda melhores do que no habitual centro de dados habitual”.
Então, onde é que a Oracle entra? “A Oracle administra uma única infra-estrutura configurável, inevitavelmente mais fácil de manter, executar, inovar, manter resiliente, corrigir e todo esse tipo de coisas”, sustenta Trager.
“Nós somos clientes da Oracle há anos e, em 2016, fizemos a migração de tecnologia da SAP para suas soluções de ERP da Oracle em cloud, inicialmente para o nosso negócio legado da Halifax e no Bank of Scotland, mas com o objectivo de implementar isso posteriormente no banco Lloyds “, revelou Trager.
A ideia era adoptar o ERP da Oracle e “definir um roteiro de migrações a que se poderia recorrer ao longo do tempo”. De acordo com Trager isso permitiria não só migrar tudo e consolidar, mas também transformar sistemas ao mesmo tempo.
“Consegue-se limpar processos históricos, neutralizar quaisquer problemas de legacy em torno de processos de negócio e evitar de só uma única maneira de fazer as coisas em todas as diferentes dimensões das actividades de ERP”.
Bloqueios na adopção da nuvem
Depois de executar a versão mais antiga da suite E-Business da Oracle, Trager estava interessado em pensar a sua estratégia tecnológica de maneira diferente.
“Mas não era como se fossem cinco anos e é necessário ter uma conversa sobre a actualização do ERP. Vamos ter conversas regulares todos os meses e a cada trimestre sobre para onde estamos a evoluir, o que precisamos, e se a estratégia de negócios mudou, o que precisamos para acompanhar repensar a nossa arquitectura novamente.
Oracle versus SAP
Quando chegou ao momento de escolher um fornecedor de ERP em cloud, Trager disse à Computerworld UK que o banco identificou várias dimensões de avaliação: funcionalidade, segurança, escalabilidade e maturidade.
“A Oracle ia no sentido de disponibilizar uma oferta de cloud pública, geral sem especificidade, dando apenas margem para configurações, e aí estará o futuro, acreditamos. A SAP ainda estava concentrada numa oferta de cloud local/privada, com abordagem altamente personalizada, apoiada por algumas tecnologias muito fortes. Mas como organização estamos muito mais na escola de pensamento da Oracle”, explica Trager.
O executivo explica ainda que o Lloyds estava cansado do software personalizado, preferindo ter configuração padronizada que está a ser actualizada a cada três meses. “Adoramos essa ideia, porque quando se faz parte de uma organização tradicional, é um grande desafio actualizar as funcionalidades. Nós actualizamos com foco na gestão de riscos e para garantir o suporte e resiliência da nossa arquitectura”, explicou.
Cloud sempre que for possível
Depois da adopção do ERP da Oracle, o Lloyds agora está a avançar com a implementação de uma solução de SaaS da Oracle para as operações financeiras.a
“Estamos mesmo interessados em aproveitar os SaaS em todos os sistemas em que podemos. Por exemplo, cada vez que tenho uma aplicação para ser revista, sobretudo alguma em final de vida, há uma óptima oportunidade de actualização e eu estou equaciono usar SaaS”, disse Trager.
Tanto o grupo como o departamento financeiro acreditam que constitui a base para a nossa inovação no futuro e a forma como podemos ser os mais competitivos, oferecendo um óptimo valor para nossos clientes”.