O suporte a protecção de dados foi reforçado na nova geração do software de gestão de laboratórios de análises clínicas e diagnóstico.
A Maxdata apresentou recentemente a nova geração do software Clinidata, sujeito a um programa de validação em ambiente real, que decorreu até Junho. Com a nova versão, do software de gestão de laboratórios de análises clínicas, preparada para cloud computing, o fabricante quer internacionalizar o seu negócio.
A geração anterior da plataforma é usada em 200 laboratórios, nos maiores centros hospitalares do país e em mais de 80% dos hospitais públicos, refere um comunicado da empresa. Através do software 45 mil profissionais gerem a realização de mais de 60 milhões de exames todos os anos, relativos sete milhões de pacientes.
“O Clinidata começou a ser desenvolvido em 2010 e reúne um conjunto de características únicas a nível mundial, resultantes de mais de 70 mil horas de investigação & desenvolvimento”, assinala Paulo Sousa, director-geral da empresa. A plataforma foi concebida para ser usada sobre os principais sistemas operativos e bases de dados, incluindo sistemas gratuitos como o Linux e o PostgreSQL.
Na sua demonstração pública, funcionou alojada em modelo de cloud computing e alojada em centro de dados a mais de dois mil quilómetros de distância, refere uma nota sobre a apresentação. A Maxdata tem estado a trabalhar com várias entidades nacionais e internacionais desde 2015, no contexto dos projectos europeus SafeCloud e SUPERCLOUD, recorda.
Pode ser usada em qualquer dispositivo que permita a execução de um browser, segundo o fabricante e permite a gestão integrada de várias especialidades clínicas e não clínicas: anatomia patológica, patologia clínica, microbiologia, genética, vigilância epidemiológica, agro-alimentar, ambiental e veterinária.
O processo automático de migração de dados, para a nova plataforma, foi validado com sucesso, em duas implementações-piloto no Laboratório Vema e no IPO de Lisboa.
A nova geração do Clinidata inclui ainda ferramentas de BI para exploração de informação estatística e preditiva. Foi preparada de raiz para cumprir as exigências do novo Regulamento Geral de Protecção de Dados, garante o director-geral da empresa.
A plataforma foi concebida também com “mecanismos automáticos para facilitar a sua parametrização inicial e o processo de importação de dados de aplicações antigas”, refere o fabricante. Suporta as normas de codificações clínicas (ICD-*, LOINC, SNOMED-CT, …) e não clínicas; e de comunicação (HL7, perfis IHE, …).
De acordo com a nota, o processo automático de migração de dados foi validado, com sucesso, em duas implementações-piloto no Laboratório Vema (laboratório de análises clínicas privado) e no IPO de Lisboa (dois laboratórios de anatomia patológica, hospitalares, do sector público).
“No conjunto das duas organizações, foram migrados automaticamente mais de 40 anos de histórico e cerca de 6.5 milhões de resultados de exames”, diz o comunicado.
Esse esforço enquadrou-se num projecto demonstrador co-financiado pelo Centro 2020 – Programa Operacional Regional do Centro.