PT monta nova “porta de entrada” para startups

A Web Summit é hóspede de referência do novo espaço Enter, enquanto não se fixa no Hub Criativo do Beato.

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Miguel Borges, gestor da PT para o programa Enter

A PT inaugurou esta quarta-feira um novo espaço para acolhimento de startups e empreendedores, a partir do qual espera identificar potenciais fornecedores de aplicações e tecnologias complementares à sua oferta. A Web Summit aproveita as instalações para instalar provisoriamente o seu primeiro escritório internacional, enquanto não fixa actividade no Hub Criativo do Beato.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro avançou que durante o próximo mês, o complexo deverá acolher novas empresas. Mas data para a entrada da Web Summit não parece clara e a organização decidiu avançar mais rapidamente, confirmou o seu CEO, Paddy Cosgrave, mais tarde em declarações aos jornalistas.

Subjacente à abertura do escritório no Enter, fica o reforço da parceria entre as duas empresas. Situado na Rua da Moeda, o edifício está ligado ao programa com o mesmo nome, de promoção de empreendedorismo.

Além de facultar gratuitamente um espaço de coworking capaz de servir até 100 pessoas, a PT procura fazer valer a sua engenharia nos serviços de comunicações sem fios. Essa facilidade tem de funcionar tão bem que nem se deve ser assunto, exclamou o gestor do programa Enter, Miguel Borges, em declarações a jornalistas.

As instalações deverão servir para as startups desenvolverem o seu projecto, mas também conviver com a rede de parceiros e clientes da PT, que também poderão usar a sala multifunções para iniciativas comerciais. Outros beneficiados serão também as organizações ligadas ao programa Enter.

“Vamos ter espaço para startups fixas que trabalham connosco e outros espaços para startups que podem vir a trabalhar com a PT”, diz Miguel Borges (PT).

O operador promete a presença permanente de equipas suas no edifício, conforme as necessidades e os diferentes tipos de laboratórios que possam ser montados. Procura seduzir interessadas com o potencial envolvimento em projectos de investigação e desenvolvimento da Altice Labs, do qual o novo espaço será uma extensão.

Inicialmente o espaço foi preparado para sustentar 60 a 80 postos de trabalho, no piso superior, mas a PT pretende que o espaço tenha uma configuração aberta e flexível. E por isso, conforme as necessidades, ao todo, o suporte pode acomodar até uma centena.

“Vamos ter espaço para startups fixas que trabalham connosco e outros espaços para startups que podem vir a trabalhar com a PT”, diz Borges. à partida de modo a evitar a estagnação dos projectos, cada um terá em regra seis meses para evoluir nas instalações e experimentar.

“Podemos ter vários tipos de laboratório, podemos ‘abrir’ a nossa rede, dar acesso a recursos disponibilizados pela Altice Labs, abrir ‘boxes’ para se desenvolverem e experimentarem serviços ou aplicações sobre elas”, avança o gestor.

A preferência dos gestores do programa vai para projectos com protótipos passíveis de serem integrados na oferta da PT.

Interessa à PT abrir o seu ambiente de inovação e negócio a soluções de fora para acelerar o processo da organização. Trata-se de disponibilizar uma “porta de entrada” para startups candidatas ou recomendadas por parceiros.

Conforme o carácter do projecto, de virtualização de redes ou aplicação móvel, por exemplo, pode ser necessário avançar para ambientes de laboratório mais sofisticados, e a PT mostra disponível para isso.

Potenciais espaços específicos de experimentação podem estar equipados com smartphones, ou equipamentos de IoT. Mas a preferência dos gestores do programa vai para projectos com protótipos passíveis de serem integrados na oferta da PT.

Em potência está a criação de um catálogo de soluções complementares à oferta da PT, para apresentar às áreas de negócio do operador. Mas o operador não quer ser acelerador de empresas, ressalva o Miguel Borges.

O programa e o edifício estão abertos também a startups cuja actividade não está centrada em TIC e precisem de serviços de cloud ou de comunicações, por exemplo.

Startup Voucher a 90%

Na sua intervenção, o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, avançou que o programa Startup Voucher está com uma taxa de execução de 90%, abrangendo perto de 500 empreendedores. Até final do mês, cerca de 120 empresas deverão ter acesso financiamento Vale de Incubação e integradas na Rede Nacional de Incubadoras.




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