Prioridade da Cilnet passa pela rentabilidade

Cumpridos e ultrapassados os objectivos de crescimento para o ano fiscal de 2016, a Cilnet quer mudar o “mindset” interno focando-se nas margens, nos serviços e na internacionalização.

Eduardo Matos, administrador da Cilnet

Eduardo Matos, administrador da Cilnet

A Cilnet voltou a apresentar um aumento de facturação acentuado em 2016 e acima das previsões. Desta feita o volume de negócios cresceu 18% para 17,7 milhões de euros.

De 2014 para o exercício de 2015 tinha obtido o maior crescimento de sempre (mais 32%) de 11,3 mil milhões de euros para 15 milhões, anunciou o administrador da Cilnet, Eduardo Matos, em conferência de imprensa.

Destaque, em 2016, para o aumento de 50% da rentabilidade da empresa que, em 2017, irá focar os seus objectivos neste indicador. “Qual a facturação prevista para o próximo ano? Não sabemos”, pergunta e responde João Martins, administrador da Cilnet.

Em 2017, “não podemos estar reféns de uma estratégia que tem continuamente sido a estratégia de todas as empresas. Alterámos por completo a abordagem para os objectivos. Vão ser de margem, ponto final. Vão deixar de ser de facturação”, assevera.

E justifica “posso ter mais rentabilidade com metade da facturação. Será uma mudança de “mindset” na empresa”.

O responsável acrescenta “se este aumento na margem de lucro vai ter reflexos na facturação? Logo se vê. No entanto acreditamos que vai crescer”.

A Cilnet é um integrador com competências em redes de comunicação de dados, voz, vídeo e centros de dados. Segundo a estratégia da empresa partilhada com os jornalistas, o aumento da rentabilidade estará assente no crescimento do negócio e oferta da área de serviços e no incremento da oferta de desenvolvimento aplicacional nas soluções Cisco com que já trabalha.

João Martins, administrador da Cilnet

João Martins, administrador da Cilnet

Para 2017, a empresa acredita num “crescimento a dois dígitos”e poderá desenvolver uma estratégia de internacionalização, na sequência da recente entrada da Findmore na estrutura accionista.

O negócio foi formalmente concretizado há cerca de um mês.  A Findmore poderá ter um papel relevante nesta estratégia de internacionalização, estando prevista a integração de um representante da Findmore na administração da Cilnet, dentro de dias.

A internacionalização deverá ser assente num modelo de prestação de serviços em modelo de nearshore (operação, manutenção, gestão a partir de Portugal) recorrendo a parceiros locais para algum apoio.

João Martins acredita mesmo que este deverá ser o caminho não só para a Cilnet, mas para o mercado nacional: “ter parceiros locais para apoio, enquanto a parte de engenharia é fornecida a partir de Portugal”. E salienta:”se achamos que podemos competir localmente abrindo um escritório e tendo recursos locais, não resulta. Perdemos competitividade”, salienta.

A Cilnet acredita que dentro de três a quatro anos, mais de metade dos clientes terão convertido os seus sistemas em plataformas privadas de cloud.

Em 2016, a empresa assinala o crescimento dos activos  (mais 20%), a redução do passivo bancário e com encargos financeiros, para além do ajustamento da estrutura de custos da empresa, porque “quando se está bem é que se deve arrumar a casa”, explica João Martins. Por área de negócio, a facturação distribui-se principalmente entre os centros de dados (30%) e colaboração (27%), segurança (16%) e redes de WiFi (10%).

A área que mais cresceu , embora ainda com pouco peso no negócio da empresa, foi a de serviços, resultado “da aposta no crescimento da equipa e do novo portefólio de soluções”: o “network operation center” (NOC) e a nova área de “security operation center” (SOC). Estas áreas de negócio trabalham continuamente (24/7) na prestação de serviços, tanto “as a service” como “on premises”, privilegiando a oferta de cloud privada.

A Cilnet acredita que dentro de três a quatro anos mais de metade dos clientes terão convertido os seus sistemas em plataformas privadas de cloud.




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