Dados da Marsh & McLennan revelam que de 2015 para 2017 as ameaças à segurança de sistemas de informação das empresas portuguesas, passou a ser referida por 37% das organizações, em vez de 22%.
Num universo de 150 empresas portuguesas inquiridas, perto de 48% assinalou os ciberataques como risco relevante para o negócio, diz o estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2017”, realizado pela Marsh & McLennan. Passou a ser o segundo factor negativo mais referido, neste quadro.
Em 2015, o problema era citado por 22% notando-se um incremento mais significativo desde 2016, quando era referido por 26%. No cenário de ameaça previsto para 2017, o factor da instabilidade social e política ainda prevalece (47%).
Quando o tema é colocado na perspectiva dos maiores riscos que o mundo deverá enfrentar durante 2017, a percentagem aumenta para 45%. Mas é suplantado pelo potencial de crises fiscais e financeiras em economias chave (52%), numa lista liderada pelos ataques terroristas (58%).
O inquérito teve a participação de organizações, pertencentes a 21 sectores de actividade, com diferentes volumes de facturação e número de colaboradores. Perto de 83% das empresas respondentes não são cotadas em bolsa, refere um comunicado.
“O investimento no estrangeiro e o aumento do peso das exportações na atividade empresarial leva a que haja uma consciência cada vez maior do quanto a cadeia de fornecimento pode ser afetada por acontecimentos quer em Portugal, quer em qualquer parte do mundo, daí o surgimento dos ataques terroristas no top 5 em 2017. Destacamos ainda o crescimento exponencial dos ciberataques, área na qual há muito que investir”, comenta Fernando Chaves, especialista de risco da Marsh.