Agentes russos acusados de ataque à Yahoo

Hackers incidiram nas contas de funcionários dos EUA procurando vantagens de inteligência e ganhos financeiro, diz o governo do país norte-americano.

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O FBI acusou quatro pessoas, incluindo dois agentes russos de serviços de inteligência, de estarem envolvidos num ataque maciço à Yahoo que afectou 500 milhões de contas de emails de utilizadores das plataformas da empresa.

Em Setembro de 2016, esta revelou que hackers conseguiram roubar dados pessoais durante a ofensiva registada no final de 2014. Os dados roubados incluíram nomes, endereços de email, números de telefone e passwords cifradas.

A culpa foi atribuída a um grupo “patrocinado por um Estado”. Esta quarta-feira, o FBI declarou que a equipa era o serviço de segurança federal da Rússia e identificou os agentes Dmitry Dokuchaev e Igor Sushchin como líderes do ataque.

Segundo as autoridades norte-americanas, o agentes russos pagaram a dois hackers criminosos, Alexsey Belan e Karim Baratov, para quebrarem a segurança das contas da Yahoo. E depois roubarem informações passíveis de serem usadas no comprometimento de outras contas.

Os hackers incidiram as acções em contas de funcionários norte-americanos mas também russos, incluindo aqueles envolvidos com cibersegurança, jornalistas e empresas de serviços financeiros, disse o FBI. Atacaram inclusive as contas de utilizadores comuns, procurando obter dados como o números de cartão de crédito e de fidelização, com os quais pudessem obter dinheiro.

Os EUA pediram à Interpol que emitisse “alertas vermelhos”, pedidos de prisão para extradição, referentes aos suspeitos em liberdade, mas a menos que o governo russo decida cooperar, os acusados estarão para lá do alcance do direito internacional.

“Os serviços russos usaram hackers para obter informações, algumas das quais tinham valor de inteligência, mas ao fazê-lo, os criminosos usaram a oportunidade para obter ganhos financeiros”, explicou Mary McCord, procuradora-geral assistente, em conferência de imprensa.

Três dos indivíduos estão em liberdade e um, Baratov, foi preso no Canadá na última terça-feira, por mandado dos EUA. O outro suposto hacker, Belan, já foi acusado duas vezes nos EUA.

Este país pediu à Interpol que emitisse “alertas vermelhos”, pedidos de prisão para extradição, referentes aos suspeitos em liberdade. Mas a menos que o governo russo decida cooperar, podem facilmente permanecer para lá do alcance do direito internacional.

Contudo, o governo norte-americano pode recorrer a uma série de instrumentos à sua disposição, incluindo sanções diplomáticas e comerciais para pressionar ou punir a Rússia.




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