A soma dos volumes de negócios dos dois integradores ascende a 22 milhões de euros. O objectivo da junção é cobrir o país total e reforçar a presença internacional.

Carlos Vaz, CEO da Megatrónica (esq.), José Dionísio, co-CEO da Primavera, e António Poças, CEO da inCentea.
A inCentea e a Megatrónica anunciaram a fusão de ambas as empresas, num negócio concretizado por troca de participações. A segunda empresa passa a integrar o grupo, mas continua a operar, para já, com marca distinta.
No entanto, um dos principais desafios dos integradores para o corrente ano é a “reorganização das nossas unidades de negócio envolvidas nesta fusão”, avança António Poças, presidente do conselho de administração da InCentea, em declarações para o Computerworld.
Em 2017, o grupo quer ainda “apostar na focalização nos negócios principais, em conjunto com um aumento de eficiência da nossa organização”. Os planos para o corrente ano passam ainda pelo reforço da “presença nos países onde estamos” e pela procura de “novos países para investir”.
O anúncio da fusão aconteceu durante o encontro de utilizadores e parceiros da inCentea, num momento em que o co-fundador da Primavera BSS, José Dionísio, subiu ao palco para em conjunto com Carlos Vaz, CEO da Megatrónica, e António Poças a apresentar a novidade aos utilizadores e parceiros dos “premium partners” do fabricante de software de Braga.
A inCentea ambiciona um reconhecimento mais forte no norte do país, enquanto a Megatrónica procura que as suas competências e soluções estejam mais disponíveis em todo o país.
A fusão tem subjacente duas ordens de razão principais. Por um lado, a inCentea, com um posicionamento nacional “ambiciona ter um reconhecimento mais forte no norte do país”, o que é possível através da Megatrónica. Por seu lado, o integrador de Braga “procura forma de conseguir que as suas competências e soluções estivessem disponíveis em todo o país, o que consegue atingir com a inCentea”.
Além dos motivos geográficos, as empresas complementam-se e “entendem que em conjunto conseguirão ter uma organização mais forte, mais focada no cliente e com mais capacidade de resposta”.
22 milhões de euros em facturação
Durante 2016, a soma do volume de negócio das duas empresas ascendeu a 22 milhões de euros, cinco milhões dos quais provenientes da Megatrónica. Cerca de 22% do volume de negócios da inCentea e 20% daquele da Megatrónica tem origem no estrangeiro.
Para já, e para o corrente ano, as empresas ainda não têm um planeamento de negócios conjunto. No entanto, os planos e orçamentos para 2017, ainda separadas, apontavam para um “ligeiro crescimento do volume de negócios e melhoria nos resultados”, antevê Poças em declarações ao Computerworld.
O grupo inCentea emprega cerca de 300 colaboradores em cinco países e a Megatrónica conta com 65 colaboradores em três geografias. Questionado sobre a possibilidade de contratar durante o corrente ano, António Poças assinala que “organizações como a inCentea e a Megatrónica, que querem crescer, estão sempre à procura de novos talentos”.
No conjunto, a presença das duas empresas abrange agora países como Portugal, Espanha, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.