As empresas dos sectores das telecomunicações e financeiro são os principais públicos-alvo da solução de “customer onboarding”, demonstrada em Barcelona.

Daniel Alves, CEO da Papersoft
A Papersoft apresentou a nova versão da solução de aquisição de clientes, “customer onboarding”, durante o Mobile World Congress 2017. O sistema tem como destinatários as telecoms ou as empresas de banca e seguros e serve para angariar clientes em “qualquer lugar e em qualquer situação”.
A empresa de gestão documental que trabalha com empresas dos sectores de telecomunicações, banca, seguros e retalho, apresentou um volume de negócios de 2,3 milhões de euros em 2016. E prevê continuar a crescer de modo a “suplantar os três milhões durante o corrente ano”, segundo Daniel Alves, CEO da Papersoft ao Computerworld.
Esta foi uma das primeiras oportunidades para clientes e parceiros verem a “demo” das novas funcionalidades da plataforma. Após vários anos presente no congresso como visitante, a empresa estreou-se na última edição do certame com um pequeno stand, confirmou Daniel Alves durante o Mobile World Congress.
O “customer onboarding” é no fundo uma solução de “aquisição de clientes”. “Visa auxiliar os clientes a encontrar o melhor produto ou serviço, apresenta-lhes várias opções, ajuda-os no processo de decisão e aquisição” e, permite ainda “a formalização imediata de um contrato com recurso a uma assinatura electrónica e/ou outros meios de validação efectiva”.
Consoante o caso, a validação poderá passar apenas por uma “mera validação por comparação com o cartão de cidadão ou do passaporte”. Ou ser mais complexo no âmbito do enquadramento legal ou regulamentar relacionado com o anti-branqueamento de capitais.
É possível ainda validar o “credit score” do interessado, passando ainda pela validação da presença em bases de dados relacionadas com actividades terrorista. Finalmente, depois de validados, os dados são exportados para os sistemas finais e a partir desse momento um indíviduo para a ser um “novo cliente angariado”.
A solução de “customer on boarding” baseia-se na cloud e é multi-plataforma, estando disponível na Internet, em versão de mobilidade (Android e iOS) e ainda numa versão cliente-servidor para desktop. Sendo uma solução de cloud computing, assinala Daniel Alves, “alguns clientes têm de optar por soluções híbridas para cumprir a regulação ou a conformidade” com regulamentos do mercado.
A solução já “incorpora o conjunto de controlos e validações que permitem cumprir as normas do regulamento geral de protecção de dados” (RGPD) que entrará em vigor em 25 de Maio de 2018.
Como preparar-se para bons resultados num congresso
Antes de participar no Mobile World Congress 2017, a empresa realizou um “trabalho de preparação muito significativo”, explica Daniel Alves. “Se viermos para a feira, pura e simplesmente angariar transeuntes é sempre muitíssimo complicado”, sublinha o CEO da Papersoft.
Nos preparativos, uma equipa trabalhou nas redes sociais e alguns parceiros ajudaram na identificação de potenciais clientes antes mesmo do evento começar. Durante a feira utilizaram “massivamente a aplicação” criada pela organização além de “todos os meios que estão à disposição neste mundo desmaterializado”.
A combinação do trabalho realizado antes da feira, os meios desmaterializados colocados ao dispor de todos durante o evento, permitiu à empresa “cumprir” e “suplantar” os objectivos a que se propôs .
A Papersoft tem escritórios em vários países na Europa e em África. Os clientes são “de grande dimensão”, sendo por isso poucos: cerca de 52 clientes activos. Daniel Alves acrescenta ainda que “um’ticket’médio de um cliente nosso será sempre superior a 100 mil euros no ano de angariação”.
95% do negócio da empresa é realizado fora de Portugal e o crescimento da empresa irá continuar “alicerçado no mercado externo”, acredita o responsável.